Pelo andar da carruagem, a política de Ingá está ficando muito desinteressante. Tudo indica que em outubro de 2012 só teremos duas opções. Seremos forçados a escolher entre Lula e Burity, se não quiser anular o voto. Aliás, mesmo escolhendo um dos dois, na prática, sem perceber, o eleitor estará anulando seu voto, pois entre votar nulo ou neles, será uma nulidade só. Teremos que escolher entre o passado horroroso e o presente desastroso.
Fico imaginando a surreal sena em que o eleitor acordará cedo em outubro de 2012, pegará seu título todo esperançoso, se dirigirá ao local de votação, onde será recebido pela simpática funcionária da justiça eleitoral com cara de aeromoça e voz de operadora de telemarketing:
– Bom dia Sr. Eleitor, seja bem vindo. Por favor, queira se dirigir a sua cabine de votação. Senhor, nós temos duas excelentes opções para sua decisão: o Sr. Deseja morrer enforcado ou afogado?
Essa é a pura realidade. O eleitor estará condenado a morrer enforcado pela arrogância, prepotência e perseguição, ou afogado nas águas da incompetência, analfabetismo e da enganação. Só resta orar para Jesus que morreu na cruz, ou rezar para Nosso Senhor da Boa Morte.
O Ingá já conhece a administração dos dois e sabe que, no fundo, no frigir dos ovos, são iguaizinhos. Farinha do mesmo saco. Afinal, um é cria do outro, um já foi discípulo e aprendeu a lição direitinho. Perseguidores, enganadores, nepotistas, “neputistas” e deso…(bom, não vou dizer esta outra qualidade para não complicar o editor, mas fica na imaginação do (e)leitor).
O Ingá merecia ter outra opção com real chance de vitória.
Caro leitor, você sabe de quem será a culpa da condenação de morte inevitável da vontade do eleitor de Ingá em 2012? Vou dizer com todas as letras. Chama-se Dr. Pierre Jan de Oliveira Chaves. Isso mesmo, o atual presidente da Câmara Municipal. O Sr. Pierre está perdendo uma oportunidade de ouro de assumir, liderar e levantar a bandeira da oposição. De oferecer uma terceira via, uma terceira opção para que o eleitor pudesse comparar o passado, o presente e o que poderia ser o futuro.
Não está aproveitando os ventos da mudança que sopram pelo mundo e recentemente pela Paraíba. Prefere se esconder, se excluir, se anular, ao se negar a denunciar os desmandos que diz ter no governo Lula. Dando razão aos que falam que ele não o faz porque tem “um pé na cozinha do Lula”, afinal seu irmão é genro do prefeito, dando a impressão e a inevitável conclusão que é tudo combinadinho; Que seu rompimento é de fachada; é para “Inglês ver”.
Ou então, não tem o que denunciar da gestão Lula e blefa igualzinho blefou o seu colega vereador Dodi. Pierre tem se mostrado um oposicionista de fachada, político indeciso, vacilante, claudicante e sem coragem. Com todo respeito, mas falta-lhe pulso, decisão. Prefere seguir os conselhos de seu guru político, Quelé, quando afirma que quem quiser ganhar a eleição, necessariamente tem que se juntar a Burity.
Não importando as consequências que virá depois, sua única plataforma política tem sido derrubar Lula, mesmo que seja pra colocar uma coisa pior em seu lugar. Prefere ouvir o clamor desesperado de Dedé Orobó que não está nem aí para cidade, está pensando mesmo é ver se sobra algum “votim” de Burity em Serra Verde para tentar salvar seu mandato, ou mesmo perdendo, colar numa possível gestão Burity 4 de quem tanto esculhambou. (Tá tudo gravado).
O Dr. Pierre e seu pai Manoel Batista Chaves, nosso Manoel da Lenha, estão perdendo uma oportunidade de ouro de fazer valer sua autoridade de Presidente da Câmara e se estabelecer como uma nova opção ao eleitor. Está perdendo a oportunidade de ouro de convocar o Sr. Mendonça, o Sr. José Carlos, Sr. Marrinho, Sr. Murilo, entre outros, juntar a oposição em torno de seu nome, ou um nome de consenso e ter uma postura que possa oferecer reais condições de reunir a maioria dos oposicionistas que deu a vitória a Ricardo Coutinho no Ingá e partir para encarar com altivez e cabeça erguida, sem olhar de banda, o velho passado horroroso que tanto já denunciou e o presente desastroso que rompeu, mas se escondeu. Perde a oportunidade de ouro com seu novo PSD que caiu do céu em suas mãos para formar um grande grupo independente de Antônio Burity e sua carcomida rabugice. Mas, não. Prefere se omitir, se rebaixar, ficar de cócoras e beijar o chicote que tanto açoitou seu avô Manoel Valeriano e família. Agindo assim, como irá cobrar coerência dos outros?
Prefere morder a isca do velho e se agarra na mortalha do quase finado Antonio Burity, igual a um bebê chorão, na vã ilusão de encurtar o caminho para chegar ao poder pelo agouro. Porém, pelo histórico do velho caudilho Burity se sabe o que ele fez e faz com seus vices. Em campanha é um namoro só, um papo impressionante e encantador, uma paixão, atencioso e prestativo. Passado a campanha, tudo muda e o coice é previsível. Nezinho Honório, Bio Tió , Saulo, Sildete e por último Mendonça, que o digam.
Pierre prefere ser conivente com a postura ridícula, antiética, inconveniente e aproveitadora do velho carrasco Burity, que recentemente carregou a convalescente Dona Marta num cortejo trash e sinistro pelos bairros do Ingá, se aproveitando de uma situação terminal de sua Senhora que tanto sofreu a seus pés, tentando com isso conseguir votos sensibilizando a população, tal qual um mendigo leva um aleijado para pedir esmolas no sinal de trânsito. Dona Marta merecia mais respeito. Quem tem coragem de fazer uma exploração dessas com a própria esposa, de que será mais capaz?
Em episódio recente, nem mesmo um gesto de solidariedade Dr. Pierre esboçou quando de maneira truculenta e intolerante, na sua presença, Burity expulsou de casa o Sr. José Rodrigues quando este tentava iniciar um diálogo no sentido de unir a oposição. Dr. Pierre cala-se, num silencio conivente, igual a um cãozinho obediente, diante de tantas ofensas gratuitas que Sr. Burity hostiliza a pessoa de Mendonça.
Dr. Pierre joga na vala comum da história política a oportunidade e a vontade do eleitor de se livrar do passado horroroso e do presente desastroso de uma só vez. O atual Presidente da Câmara não tá honrando o seu nome francês que lembra revolução, luta e liberdade, não honra se quer a genética do avô Manoel Valeriano, que lembra decisão, posição, palavra e retidão. Por conta de sua postura, a política no Ingá tem tomado rumos inesperados e inexplicáveis partindo para um dueto enfadonho. Lamentável, Ingá afundará de vez. Se continuar nesta trilha, estará caracterizado o homicídio doloso da vontade da maioria do eleitor. Enforcado ou afogado, escolha.
Camila Camomila.
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