No momento em que a Cagepa passar por uma séria crise financeira, necessitando inclusive recorrer a milionários empréstimos bancários, a Promotoria do Meio Ambiente, na pessoa do promotor José Farias de Souza Filho, através de uma TAC – Termo de Ajustamento de Conduta, contando com a participação na audiência de representantes da Cagepa e de algumas empresas de resíduos sanitários da capital, resolveu proibir uma prática que já remontava há décadas, ou seja, o que se pratica em todas as cidades brasileiras o despejo dos resíduos em área própria no baixo Roger, onde as empresas pagavam uma determinada taxa e através de gestão da própria Cagepa, ocorria todo tratamento dos resíduos ali depositados.
Com a decisão ora adotada cuja vigência já começará em novembro vindouro, empresas pernambucanas: a Biotech Tratamento Ambiental, Lógica Ambiental e Suape Empreendimentos Ambientais Ltda, ficarão encarregadas de buscar tais resíduos ao preço de R$ 15 (Quinze reais o metro cúbico, ou seja, um caminhão de um que comporta seis metros cúbicos, a empresa paraibana terá que desembolsar R$ 90 (noventa reais) aumentando assim o preço da limpeza de uma fossa domestica que fica hoje em torno de R$ 150 (Cento e cinqüenta reais), cujo ônus naturalmente desaguará no bolso do cliente, principalmente aqueles mais pobres cujas residências contam apenas com fossas.
Se na capital pernambucana empresas se prepararam para receber tais resíduos, torna-se inexplicável que a Cagepa ao longo dos anos não tenha também se preparado para tal e agora mais uma vez, através de uma TAC, as empresas paraibanas, ficarão prejudicadas com o crescimento de suas despesas, penalizando sobremaneira aqueles mais pobres.
Como o promotor ao final do documento fez questão de registrar os seus agradecimentos e empresa que o mesmo denominou apenas de Lógica, somos obrigados a registrar que não tem lógica alguma tal decisão, que mais uma vez coloca as nossas empresas e nossa combalida economia a reboque de Pernambuco.
Blog do Pedro Marinho