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Blog do Vavá da Luz

Cagepa: greve na marra não é greve, mas terrorismo

Funcionários da Cagepa foram à imprensa denunciar funcionários da Cagepa. Alegam que, por não aderirem à greve deflagrada desde ontem no órgão, foram impedidos de entrar na sede da Companhia, coagidos a participarem do movimento, xingados e constrangidos em suas liberdades de aderir ou não. Teve gente que, segundo relatos, foi obrigado a pular muros pra entrar na Companhia para dar seu expediente.

Lamentável. A greve é um instrumento legítimo do trabalhador brasileiro e inquestionável, desde que sejam respeitados os limites do bom senso. Mas é um direito. Não um dever, uma obrigação. Não pode ser incutida na cabeça do trabalhador na marra. Tem que ser conquistada no convencimento ou gerada naturalmente com base na insatisfação ou no desejo dos trabalhadores.

Os grevistas da Cagepa, que consideram que é justo cobrar reajustes salariais, devem instigar o movimento. Não empurrá-lo de goela abaixo. Se há quem discorde dentro da própria Companhia, não há que se submeter sob pressão. Porque aí deixa de ser greve e passa a ser terrorismo.

Em tese, a única coisa que um movimento grevista deve ameaçar é a eventual opressão do patrão contra o trabalhador. Nunca o próprio trabalhador.