A repórter virou notícia. Maritânia Forlin, de 28 anos, foi presa em casa, acusada de trocar favores com criminosos. Ela contava o que sabia sobre operações policiais e recebia informações sobre crimes para conseguir reportagens exclusivas, como mostram gravações telefônicas feitas com autorização da justiça.
As gravações foram feitas em outubro quando Maritânia trabalhava como repórter da Ric – Rede de Independência de Comunicação, afiliada da Rede Record no Paraná.
As investigações duraram três meses. As negociações e conversas entre os traficantes, acompanhadas pela polícia, já resultaram na prisão de 17 pessoas que vão responder pelos crimes de tráfico de drogas, homicídio, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.
“Há mais pessoas envolvidas e mais pessoas a serem presas. A operação não finalizou hoje. Porque nós temos ainda uma continuidade na operação. Hoje é somente parte da quadrilha que está sendo presa”, explica o delegado.
O diretor de jornalismo da Rede Independência de Comunicação em Maringá, Leonardo Filho, disse que a repórter era contratada por uma empresa terceirizada. E foi demitida há três meses. Disse também que desconhecia a acusação contra ela e que a demissão foi um remanejamento de equipe. Procurada, a TV Record não se manifestou. O advogado de Maritânia Forlin informou que ainda não teve acesso ao inquérito e que por isso não iria comentar o caso
Anco Marcio
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