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Blog do Vavá da Luz

Banco Mundial aprova resultados obtidos no sertão da Paraíba

 

Representantes do Projeto Cooperar e do Banco Mundial iniciaram nessa quinta-feira (25) uma visita ao Sertão paraibano. Eles estiveram em sete comunidades dos municípios de Santa Luzia, São José do Sabugi e Salgadinho. As visitas fazem parte do projeto de redução de pobreza rural, desenvolvido pelo Governo do Estado em parceria com o Banco Mundial.

Em Santa Luzia, a equipe visitou as comunidades do Pinga e da Barra; em São José do Sabugi, a Rio do Giz, a Riacho da Serra e a Latadinha, e no município de Salgadinho, as comunidades Olho D’água da Serra e São José da Batalha. Oinvestimento do convênio foi de R$ 606.752,44, beneficiando 102 famílias.

O desempenho das comunidades foi discutido durante uma reunião na Barra, em Santa Luzia. Além do gestor do Cooperar, Roberto Vital, e outros representantes do projeto, participou da reunião o gerente supervisor do Banco Mundial, Eduardo Bresnyam. “Minha expectativa era ver os investimentos que o Banco Mundial e o Governo do Estado estão fazendo nessa região, mas pude notar que é uma região sólida, com bastante associativismo, com um olhar para o futuro e ainda com uma estratégia para ser desenvolvida no entorno regional. Fiquei muito feliz e os resultados superaram as minhas expectativas. Parabenizo todos os produtores da região, que com seus esforços conseguiram muito até o momento”, disse Eduardo Bresnyam.

O gestor do Cooperar, Roberto Vital, teve a mesma opinião. “Estou muito feliz com o que eu vi aqui e estou saindo com uma noção exata da grandeza do trabalho que esses produtores estão desenvolvendo e, principalmente, com a perspectiva do Projeto Cooperar continuar a desenvolver projetos nessas comunidades”.

Os produtores destacaram a importância da visita de um representante do Banco Mundial. “Aqui está em jogo não só o nosso futuro, mas o futuro da agricultura da Paraíba, pois essa parceria é um elo junto aos agricultores e uma oportunidade de nós mostrarmos que temos capacidade de trabalhar com o recurso destinado em prol de uma agricultura sustentável”, observou o associado da comunidade da Barra, Francisco Nonato Dantas Neto.

Já a agricultora Divanilda Silva de Medeiros, da comunidade do Pinga, em Santa Luzia, disse que o Banco Mundial sempre foi a luz do fim do túnel dos produtores rurais. “Foi através do Banco Mundial que conseguimos a luz elétrica para a nossa comunidade. Como estaríamos sem luz elétrica, sem acesso às redes sociais, com os nossos jovens querendo ir para a zona urbana? A nossa comunidade também foi beneficiada com um calçamento em um difícil acesso em uma serra, e tudo isso foi fruto dessa parceria do Projeto Cooperar com o Banco Mundial”, destacou.

A história do agricultor Joseilton Antônio de Oliveira, da comunidade do Giz, em São José do Sabugi, é diferente das dos outros agricultores que saem da zona rural para a zona urbana. Joseilton fez o caminho inverso, saindo da cidade e voltando para a comunidade rural. “Nasci no sítio e, devido às dificuldades, fui morar na cidade e trabalhei na cerâmica. Agora, através do Cooperar e do Banco Mundial, esse projeto de caprinocultura caiu como uma luva. Me associei e agora sou produtor. Ganhava menos de R$ 300,00 e como produtor de leite ganho, no mínimo, R$ 500,00 por mês”, explicou.

programação desta sexta-feira (26) incluiu uma visita a um subprojeto de aproveitamento de resíduos sólidos recicláveis, em Bonito de Santa Fé. No sábado (27), a comissão visita a comunidade Cacimba Nova, em Conceição, onde está sendo implantado um projeto de irrigação para produção agroecológica.

Segundo Roberto Vital, a presença do gerente de supervisão do convênio do Banco Mundial serviu para comprovar o bom andamento da parceria. “O atual contrato com o Banco vai até fevereiro e nessas reuniões repassamos os números dos investimentos e famílias beneficiadas, para que, assim, um novo contrato possa ser fechado”, finalizou.