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 Festival traz cinco dias de arte e cultura para Boqueirão. ‘Ceguinhas de Campina Grande’ serão homenageadas nesta edição.
O cesto feito com cipó, palha ou taquara é a imagem do esforço. Sempre foi. Representa a dedicação e trabalho de quem, na cabeça, carrega os balaios que levam o sustento, o alimento, o pão. Eles têm força e agregam itens, elementos. Em Boqueirão, cidade das águas no Cariri paraibano, esse cesto é usado para trazer dança, teatro, artes plásticas, literatura, poesia e cinema na edição 2011 do ‘Balaio Cultural’, a quinta versão do evento.
O festival começou ontem e segue até o dia 20 de novembro. Uma das atrações desta quinta-feira (17) é o cantor campinense Toninho Borbo (foto). A sua contribuição no palco boqueirãoense é a pegada orgânica do novo trabalho Experimental Samba (que deve ser lançado no primeiro semestre do ano que vem) com algumas canções inéditas que misturam MPB e afrobeat com doses de trip hop. Para Borbo, o balaio eleva os artistas paraibanos colocando “a produção artística do Estado num plano de visibilidade muito legal, tanto com o público como com quem produz e financia cultura no país”, comenta. Mas esse intercâmbio é novo. Pela primeira vez, grupos de teatro e escritores locais vão dividir o espaço da cidade com companhias de outros estados como Pernambuco, Maranhão, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Outras novidades são a realização de mostras literárias, de dança e exposição de artesanato local. O balaio está ficando cada vez mais plural. Este ano o evento presta uma homenagem às irmãs Maroca, Poroca e Indaiá, conhecidas como ‘as ceguinhas de Campina Grande’. Isso é uma prova das suas identidades e do apego ao que lhe é próprio, ao que caracteriza como região, assim como o balaio, além de demonstrar o apego em divulgar a riqueza e diversidade da cultura brasileira e paraibana, em especial. PROGRAMAÇÃO Durante os cinco dias do evento, mais de 60 artistas devem subir aos palcos de Boqueirão. Hoje, o espetáculo A eleição, com atores do Centro de Formação Artística de Boqueirão (Cefar), abre a programação, às 15h, na sede do centro. Também se apresentam a Trupe Cia. de Dança do Recife com Em Caixa e o grupo de flauta doce do Cefar. Colocando mate no balaio, grupos do Rio Grande do Sul mostram a dança típica gaúcha. Vitrine do Cariri |