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Blog do Vavá da Luz

Agra revela decepções, fala sobre vice e planos para 2012

O prefeito de João Pessoa Luciano Agra concedeu entrevista exclusiva para o Portal Mais PB e abriu seu coração. Além de assuntos políticos, o gestor da Capital falou da sua vida pessoal, contou sobre suas decepções, seus desejos, seus sonhos como político, cidadão e até como professor.

Durante a entrevista Agra revelou sua maior realização à frente da Prefeitura Municipal: a implementação da escola integral; e sobre sua maior decepção: não ter conseguido executar o projeto dos parques da cidade.

O prefeito ainda disse que não guarda nenhuma mágoa do senador Cícero Lucena e sobre ser taxado de secretário do governador Ricardo Coutinho ele usou da humildade e disse que foi secretário com muita honra, mas que, “não se pode é fazer um julgamento rasteiro e reducionista como este só por que nós temos muito em comum. Nós temos, além da amizade pessoal, anos e anos de luta pelas pessoas que residem na Capital. Nós temos uma carta de princípios com fundamentos ideológicos, fundamentos políticos que não somente estão no campo do nosso partido, mas também aquelas que a gente julga como enriquecedora para a experiência do socialismo no Brasil. É por isto mesmo que o nosso partido tem ocupado espaço e hoje se projeta quase que nacionalmente”.

Confira a entrevista na íntegra. 

MaisPB – Prefeito, vamos começar por um assunto palpitante: a relação com seus aliados. Como o senhor vem encarando a possibilidade do PDT, aliado até então do PSB, lançar candidatura própria para prefeito de João Pessoa em 2012, o que forçaria uma disputa frontal com sua chapa? 

Luciano Agra – Eu acho absolutamente natural, porque todo militante, todo filiado almeja sempre evoluir, crescer além do seu mandato. A gente pode citar o nome porque se trata de uma pessoa muito honrada que é o vereador Geraldo Amorim. Eu acho legitima a pretensão dele. Geraldo é uma pessoa correta e disciplinada, então ele vai submeter sua pretensão ao crivo do partido e nós vamos aguardar qual vai ser a manifestação da legenda.

MaisPB – Insisto em lembrar que o PDT é um aliado do PSB. O senhor acha que esta candidatura ajuda ou prejudica o seu projeto de reeleição ou quanto mais candidatos melhor?

Luciano Agra – A democracia requer este tipo de interesse, de iniciativa. Quanto mais pessoas pretendem disputar os cargos eletivos, mais se contribui para a democracia. A gente não pode pensar que isto vai diminuir o espaço para as pessoas. Acontece que existem regras. Tem todo um conjunto de ritos que orientam os nossos passos e eu não tenho nada contra estas pretensões.

MaisPB – Qual sua maior realização à frente da Prefeitura Municipal de João Pessoa?

Luciano Agra – Como professor e como cidadão, para mim foi à implantação da escola em tempo integral.

MaisPB – E qual foi a sua maior decepção? 

Luciano Agra – Foi ainda não ter conseguido implantar os parques da cidade de João Pessoa.

MaisPB – Qual o maior sonho político que o senhor tem? 

Luciano Agra – O meu maior sonho é concluir o meu trabalho que é, exatamente, o dar a minha contribuição para proporcionar uma qualidade de vida melhor para os nossos irmãos, para os nossos conterrâneos. Fazer tudo que estiver ao meu alcance para que possa contribuir como cidadão, como pessoa experiente, pois tenho acumulado muito conhecimento nesta área de planejamento,de desenvolvimento urbano, na área de gestão administrativa e gostaria de voltar todas estas energias para o bem estar coletivo, porque eu penso uma cidade solidária, eu penso uma cidade saudável. A cidade dos meus sonhos é a uma cidade mais justa, mas digna onde as pessoas tenham igualdade de oportunidade. Este é o meu sonho. Do ponto de vista político eu só quero concluir o meu trabalho.

MaisPB – Qual o maior sonho do cidadão Luciano Agra? 

Luciano Agra – Voltar para a universidade.

MaisPB – E qual a maior decepção? 

Luciano Agra – Foi o pré-conceito que eu vi em várias ocasiões para com os pobres, para com os humildes. Eu vi e tenho um sentimento misto de indignação e repulsa por conta de restrições que em várias oportunidades.

MaisPB – O senhor guarda alguma mágoa do senador Cícero Lucena? 

Luciano Agra – Nenhuma, nenhuma!

MaisPB – Muita gente taxa o senhor como secretário do governador Ricardo Coutinho e afirmam que quem dar as ordens da prefeitura é o governador. O que o senhor tem a dizer sobre isto? 

Luciano Agra – Eu fui secretário, com muita honra, do atual governador quando era prefeito. O próprio Ricardo sempre nos orientou, nos aconselhou a ter vida própria, a ter brilho próprio, a ter ideias próprias, ter capacidade de crítica, de iniciativa. Agora, não se pode é fazer um julgamento rasteiro e reducionista como este só por que nós temos muito em comum. Nós temos, além da amizade pessoal, anos e anos de luta pelas pessoas que residem na Capital. Nós temos uma carta de princípios com fundamentos ideológicos, fundamentos políticos que não somente estão no campo do nosso partido, mas também aquelas que a gente julga como enriquecedora para a experiência do socialismo no Brasil. É por isto mesmo que o nosso partido tem ocupado espaço e hoje se projeta quase que nacionalmente e com um detalhe importante, que é o destaque que as gestões municipais do PSB em Curitiba, Belo Horizonte e em João Pessoa tem tido em várias áreas. No nosso caso, tem sido na área de habitação, na área do empreendedorismo, do micro crédito. O PSB está com esta característica, ou seja, ele tem esta potencialidade, este lado inovador no panorama da política nacional. Então, você não pode reduzir isto a uma frase de efeito.

MaisPB – O senhor já disse que está focado no mandato e que quer trabalhar. Mas se hoje o senhor já pudesse indicar o nome do seu vice, o senhor já teria este nome em mente? Quem seria? 

Luciano Agra – Eu não tenho. Eu sou uma pessoa muito disciplinada. Eu acredito muito no processo de construção que vai desaguar, evidentemente, no nome. Nós temos várias e várias opções com capacidade para preencher os requisitos que nós entendemos que um vice deve ter. Nós temos este conjunto de pessoas para trabalharmos um nome, para construir um consenso. Um nome do agrado de todos, e nós vamos ter um tempo para esta decisão. Eu sempre digo que deixo esta decisão para todos. Agora, a gestão precisa de muitas e diárias decisões. Então, eu não posso me afastar do meu eixo que é a gestão.

Mislene Santos – MaisPB