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De ontem pra hoje, notícias dão conta de o PP não teria aceitado a aliança do PPS com o PT e muito menos o fato de ter perdido a prerrogativa da vice na chapa de Luciano Cartaxo. Balão de ensaio.
O curioso é que, apesar das notícias, não há uma declaração sequer os dirigentes do PP dizendo que desaprovam a aliança.
E sabe por quê?
Porque o ministro Aguinaldo Ribeiro, comandante inquestionável da legenda na Paraíba, abençoou a aliança, manteve contatos com Nonato Bandeira e Luciano Cartaxo durante todo o processo de anúncio de aliança.
Aliás, o próprio Durval Ferreira, presidente do PP em João Pessoa e da Câmara Municipal de João Pessoa, já sabia disso, tanto que confidenciou ao blog que abriria para Nonato Bandeira, antes mesmo da aliança estar consolidada.
Simples de entender. Ele quer saber é da vitória de Daniella Ribeiro em Campina Grande e não vai, por causa de João Pessoa, colocar em risco o apoio do PT ao PP na Serra da Borborema.
É lógico. Em Campina, o PT abriu pra apoiar o PP, fazendo com que em João Pessoa o PP servisse apenas de compensação secundária, um objeto que o dono da casa coloca no cômodo que bem entender.
Pra Aguinaldo, o que vale é manter a competitividade da chapa de Cartaxo, que, se eleito prefeito, vai contribuir com a eventual pavimentação da candidatura do ministro para o governo do Estado.
Assim, o máximo que se pode querer é o PP de Durval Ferreira, apenas nos bastidores, porque em público, repito, nada sairia, querer dizer que não gostou, pra barganhar algo mais.
O resto é política. Da mais básica.
Luís Tôrres