A Secretaria de Estado da Cultura da Paraíba comunica e lamenta a morte de Chico de Assis (67 anos).
Nascido Francisco de Assis Silva, no bairro do Roger, em João Pessoa/PB, o multiartista, também conhecido por Chiquinho de Assis e Vênus de Assis.
Desde criança tinha intimidade com as artes plásticas e a música. Somado, seu repertório ultrapassa 1000 composições, entre músicas religiosas, blues, jazz, chorinho, samba, bossa nova, etc. Sempre expressando sentimentos de amor, vida, esperança e paz.
Compôs sua 1ª música “Mamãe”, aos 8 anos, na escola, para o Dia das Mães. Fez curso de música e piano na Escola de Música Mascarenha de Moraes. Depois esteve na Escola de Música Anthenor Navarro, onde estudou Terapia Musical.
Aos 16 anos participou do grupo “Os Gens”, cujas músicas eram de sua autoria. Mesmo com o fim do grupo, continuou a se apresentar em bares e eventos particulares.
Em 1984 participou do Music Club, junto a artistas como Chico César e Pedro Osmar. Nesta época gravou sua primeira música em vinil “Negra de Balauê”.
Atuou como professor de música no Colégio Adventista, em Recife, e na Cooperativa Cultural Educacional da Universidade Federal da Paraíba (CODISMA).
Tem um álbum gravado com a Orquestra Mistura Fina – no qual, 9 músicas são de sua autoria, entre elas a famosa “Amor Colibri”, com a qual o fez participar do Forró Fest. Gravou os Cds “Espargindo Amor” com o grupo gospel Maranata, e teve 3 de suas canções incluídas no álbum “Simples como Lírio” da mesma banda. Duas de suas músicas foram gravadas pela intérprete Giovanna Miranda: “Nosso Todo Se Acha” e “Pirada”. Recentemente sua canção “Olha Pra Cristo” virou clipe na voz do cantor gospel Elson Júnior.
Discografia:
– Chico e parceiros
– Bossa Nova
– Chico de Assis Acústico
– Lua e sol, Chico de Assis, Flávio Gondim e convidados
Trabalhou por mais de 10 anos no ateliê Casa Velha, onde produziu muita arte, onde foi um grande pintor, poeta e intelectual. Dominava amplo repertório: de músicas clássicas à brasileiras, cubanas e angolanas, inclusive fados portugueses
Damião Ramos lembra que Chiquinho musicou um de seus poemas e que “solava como ninguém no violão a canção ‘Geni e o Zepelim’ de Chico Buarque, foi um brilhante professor e um homem coração generoso”. Tito Lobo (artista plástico) diz que o amigo “Vibrou a vida e suas emoções”. Heriberto Coelho (empresário cultural) afirma que Chico “Viveu com intensidade, foi um artista multimídia e uma pessoa muito humana”. Nazareth Pereira (esposa) costuma dizer que “ele brincava com as palavras e compunha com facilidade e que, mesmo diante de muitas dificuldades, nunca desistiu de trabalhar com cultura e arte. Permaneceu até o fim de sua vida, cantando e lecionando”.
Chico deixa viúva Nazareth Pereira, com quem foi casado desde 2011; Danielle Nascimento, sua filha com Sônia, seus netos Anthony e Dayane; e Mariah & Mariana, suas enteadas, a quem carinhosamente tratava como “filhas do coração”.
A Secult-PB, em nome do Governo do Estado e, de todos os que fazem a Cultura na Paraíba, presta-lhe merecida homenagem.
Damião Ramos Cavalcanti – Secretário de Estado da Cultura
João Pessoa, 26 de fevereiro de 2021
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