A turma do Planalto nunca considera imprescindível incluir a Paraíba no roteiro de visitas da presidente Dilma. É como se fosse atrapalhar ou comprometer o ritmo da agenda administrativa da presidente.
Mesmo com um governador da base e uma bancada majoritariamente aliada, a Paraíba não é destino nem de trabalho, nem de férias da nossa presidente.
A ausência do governador Ricardo Coutinho, a conhecida briga política local, a doença da mãe ou até mesmo o desinteresse podem ser a causas da ausência de Dilma nesta quarta.
Sinceramente, não importa. Ou não deve importar. O que realmente importa é saber se a ausência física da presidente Dilma em solo paraibano é um reflexo direto da ausência e do desinteresse do governo federal em nosso estado.
Como registrou o senador Vital do Rego Filho em carta (enviada a Dilma?), a Paraíba está fora, até agora sem que um economista ou engenheiro explique a razão, da Transnordestina, mesmo vendo a linha parar a poucos quilômetros da divisa com Pernambuco.
O Porto de Cabedelo, que implora por liberação de verbas, é outro exemplo. E visível que a Paraíba não é tratada como a menina dos olhos do governo federal.
Em contraponto, o Planalto pode alegar que a Paraíba é um dos estados brasileiros melhores contemplados com recursos do PAC na saúde, mobilidade urbana e obras hídricas.
E a gente fica sem saber, ao certo, se isso não se dá mais por competência local em apressar e apresentar projetos do que por interesse nacional.
De toda forma, em que pese a escolha não ter sido por estados, a ausente Dilma tem, com a posse de Aguinaldo Ribeiro no Ministério das Cidades, outro argumento em seu favor.
Como disse no Twitter, alguns querem Dilma na Paraíba. Eu prefiro o governo Dilma na Paraíba.
Se ela não quiser pisar aqui nos próximos três ou sete anos, não tem importância. Nesta relação, nós queremos apenas o dinheiro.
Luís Tôrres
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