Pular para o conteúdo

Blog do Vavá da Luz

A coragem de Tião e por que a Aspas ficou em silêncio até a eleição da OAB?

Capitaneados pela presidente da Associação dos Procuradores do Estado da Paraíba, Sanny Japiassu, 14 procuradores entregaram ontem cargos de chefia em protesto, do que se pode resumir do que alegaram em documento, ao tratamento desrespeitoso com a categoria, más condições de trabalho e, claro, questões salariais.
Segunda categoria melhor remunerada do Estado, perdendo apenas para o Fisco, os procuradores do Estado estão no completo exercício dos seus direitos ao reivindicarem melhores condições de trabalho. Disso ninguém pode sequer contestar, mesmo cientes de que, ao longo da atual gestão, foram nomeados 14 concursados, implantadas gratificações, atualizado parcelas do PCCR da categoria, entre outras.
O que se pode discutir tão somente é aparente ausência de uma discussão prévia ou cobrança formal antes de se tomar uma decisão tão radical como da renúncia coletiva dos cargos. Não consta, ao menos publicamente, que a Aspas tenha encaminhado expedientes anteriores reclamando ou reivindicando os itens exarados na carta que justifica a renúncia.
Enquanto estava mergulhada na campanha da OAB, da qual foi candidata a vice-presidência na chapa de Caius Marcellus, a nobre Sanny Japiassu não deu um “pio” sobre o tema. Agia como se não houvesse insatisfação alguma por parte da categoria. Aliás, quem conversasse com ela, saía do colóquio ciente de que estava tudo mil maravilhas.
Porém, derrotada na OAB, de repente, tão mais que de repente, Sanny reaparece apresentando um cenário de caos que, em sendo verdade, surpreende o fato da Associação ter ficado calada esse tempo todo.
Talvez por isso o procurador Sebastião Lucena, jornalista por inclinação e blogueiro por diversão, chefe da PGE em Monteiro, tenha quebrado a unidade da decisão tomada pelos 14 outros procuradores. Tião não entregou cargo algum e disparou em seu blog, uma das páginas mais lidas do Estado:  “Meus colegas imitam os agentes fiscais. Não acho que este seja o caminho. O diálogo sem pressão ainda é a melhor opção. Por isso não vou entregar meu cargo, até mesmo porque não fui consultado pelos que assim agiram”.
 
A confusão está formada. Acompanhemos de perto mais essa história.
 
Luís Tôrres

Não é possível comentar.