A aliança existe, o PT da Paraíba faz parte do Governo Ricardo Coutinho, mas a extensão desse apoio, em João Pessoa, não necessariamente prevalecerá para 2016. Tudo dependerá do cenário. Pelo menos foi esse o esclarecimento feito pelo secretário de Comunicação do Governo do Estado, jornalista Luís Torres, ao desmistificar a tese de reciprocidade da aliança PT/PSB para as próximas eleições na Capital do Estado.
Conforme Torres, a verdade precisa ser posta na mesa e já foi posta, inclusive pelo presidente do PT da Paraíba, Charliton Machado, que, em declarações, deixa claro que quando o PT decidiu apoiar à reeleição do governador Ricardo Coutinho, não foram colocadas na pauta das negociações as eleições municipais em João Pessoa ou em qualquer outra cidade da Paraíba.
O apoio, de acordo com o secretário, foi pontual. Ricardo e o PSB apoiavam o nome de Lucélio, em troca, o PT e o PSB respaldavam a reeleição de Ricardo. “Essa é uma verdade que precisa ser posta, aliás, já foi posta, e quem diz isso muito claramente não é Luís Torres, não é o governador Ricardo Coutinho, não é Estela Bezerra, mas sim o próprio presidente estadual do PT da Paraíba Charliton Machado. Ele é muito claro, franco, sincero e justo quando publicamente sempre reafirma e diz que não se tratou de 2016 naquele processo da eleição estadual de 2014”, pontuou.
Torres também lembra que, naquela ocasião, houve uma convergência de forças, inclusive respaldada pelo cenário nacional em favor do PT e da presidente Dilma.
“É preciso registrar que aquilo ali foi conversado para aquele momento, e o governador Ricardo, dentro do processo dessa conversa, abriu espaço na chapa, espaço que estava sendo conversado com PMDB, mas que posteriormente foi aberto para que Lucélio pudesse ser alçado como candidato ao Senado na chapa do PSB. É válido ressaltar que Lucélio era um nome localizado, politicamente desconhecido e Ricardo, com a estrada que já tinha, ampliou o nome dele no resto do estado, fazendo o que deveria ser feito, infelizmente Lucélio não venceu, mas saiu vitorioso porque era um nome pouco conhecido, e terminou com uma votação considerável”, rememorou.
Apesar de não querer antecipar o debate eleitoral, mas apenas analisar algumas nuances, Torres, assim como outros auxiliares do governo, também citou o nome do secretário de obras, João Azêvedo como um dos nomes fortes do PSB para o pleito. Além dele, Torres também lembrou o nome da deputada Estela Bezerra (PSB) e até do secretário de Esporte, Tibério Limeira.
“O PSB tem nomes com tamanho para serem candidatos, mas a gente não deve, até por respeito a todos, tratar como se isso fosse algo delicado, temos a própria Estela que já disputou, temos João Azêvedo, ele concretiza aquilo que é pensado, idealizado e desejado por Ricardo Coutinho, temos Tibério Limeira, e falo deles com propriedade porque acompanho de perto o trabalho dos colegas e sei da capacidade de cada um, mas isso não significa dizer que o PSB não poderá apoiar outro candidato, isso tudo vai depender do cenário, da leitura que será feita, e o juiz para decidir isso será o povo”, ressaltou, deixando claro que a decisão não virá do nome, mas do que João Pessoa deseja de melhor para o seu presente e para o seu futuro.