No dia 29, o diretório nacional do PMDB se reúne para decidir se fica ou não no governo. A intenção da ala oposicionista do partido é declarar o rompimento imediato com a administração petista, o que pode ser crucial para minar as chances de Dilma sobreviver ao processo de impeachment na Câmara dos Deputados.
Tudo pode acontecer dia 31 de março, o Brasil entregue nas mãos de Temer. Uma questão constitucional poderá gerar uma situação inusitada na próxima semana. O vice Michel Temer deverá assumir a Presidência da República por dois dias logo após o PMDB decidir se continua na aliança com o governo Dilma Rousseff ou se rompe definitivamente com a presidente.
Dilma deve viajar aos Estados Unidos nos dias 31 de março e 1o de abril para participar da 4a Cúpula sobre Segurança Nuclear, realizada em Washington. Com sua saída do território nacional, é Temer que assume o comando do país.
No dia 29, o diretório nacional do PMDB se reúne para decidir se fica ou não no governo. A intenção da ala oposicionista do partido é declarar o rompimento imediato com a administração petista, o que pode ser crucial para minar as chances de Dilma sobreviver ao processo de impeachment na Câmara dos Deputados.
A avaliação é de que a sigla é fundamental para derrubar o caso antes que ele chegue ao Senado.
No entanto, o grupo governista da legenda se irritou com Temer nesta semana após ter pedido a ele, que é também presidente nacional do partido, para adiar a reunião do diretório para o dia 12 de abril, data inicialmente combinada na última convenção nacional do partido para uma decisão sobre o posicionamento do partido.
Temer não cedeu e manteve a reunião na próxima semana.
O grupo de Temer já tem discutido com integrantes da oposição e outros atores políticos um cenário pós-impeachment.
Como a Folha mostrou, o vice-presidente se reuniu na noite de segunda (21)com o senador Aécio Neves (MG), presidente do PSDB, para discutir os termos de uma adesão tucana a uma gestão capitaneada por ele. O parlamentar, no entanto, argumenta que a conversa girou em torno da definição de uma agenda emergencial para tirar o país da crise.
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Fonte: Folha e agência
Créditos: Folha e agência