Se o rompimento político entre João Azevedo e Ricardo Coutinho será contornado, ou não, aí é com Mãe Diná… No mais, a verdade é que – há uma semana – quem deve favores ao atual governo, mas sobretudo quem tem ou ocupa cargos na administração pública, já está sendo chamado a palácio para declarar de que lado está.
Não interessa se é na administração direta ou indireta: se tem cargo de confiança ou deve favores, vai ter que declarar se continua do apoiando Ricardo Coutinho (e perde o cargo), ou opta por João Azevedo (mantendo o cargo).

O trufo e paus… E tem sido assim sempre, infelizmente. Ninguém está inventando novidades. Este procedimento é recorrente na vida pública brasileira. O bom será que um dia a administração pública deixe de ser moeda e troca política. Mas não será enquanto não houver uma reforma profunda no sistema. Mas, acordemos e vamos à realidade…

Esta realidade é uma só: você tem cargo no governo? Se apoiar João, fica; se apoiar Ricardo, cairá fora. O mundo não desmoronou por completo e, portanto, ainda lhe resta uma esperança: a de que algum anjo iluminado desça dos céus e promova a reconciliação entre o governador e o ex. Afora isso, prepare-se para se definir, optar, perder ou manter o que tem…

E dizem que já tem gente querendo ser esperta demais: rolam ti-ti-tis de que tem figura prontas para declarar apoio a Ricardo Coutinho, mas querendo deixar seus “laranjinhas” infiltrados na máquina administrativa. Vai esperando… Nesse jogo não tem idiota. Se for o caso, saem os ditos-cujos e toda a sua “reca”. E este é o por tipo, porque não merece a confiança de lado nenhum…

Diálogo, mas…

Nos bastidores da política todos falam que o diálogo é a grande saída para evitar um rompimento de Ricardo Coutinho com João Azevedo. Desde os mais alinhados com o Palácio da Redenção, aos mais fiéis seguidores de Coutinho, todos são unanimidade em que a situação será contornada desde que se “construa uma via de diálogo”.
O que não se vê, entretanto, é alguém efetivamente se prestando a promover este diálogo. Até parece que está todo mundo querendo mesmo é ver o circo pegar fogo.
Tem jeito?!

Eu diria que, numa escala de 0 a 10, a probabilidade do rompimento não se consolidar é de 0,05.

Pode ser contornado?! Pode, sim. Mas é apenas uma possibilidade remota, dadas as proporções que os fatos assumiram.

Preocupados
Quem estaria mais preocupado com tudo isso? Eu diria dois extremos: numa ponta, aqueles que não se preocupam com nada, a não ser com suas boquinhas na máquina pública; na outra, os paraibanos que têm compromissos com o futuro deste Estado, que votaram num projeto em que teria a marca da competência, da união e da continuação.

 

Wellington Farias 

PB Agora