Apesar de tentar driblar os questionamentos políticos, por entender que alguns deles não enaltecem o bom debate, o governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB) mais uma vez foi abordado para comentar sobre o rompimento com o senador Cássio Cunha Lima (PSDB) e acabou revelando um fato novo que sinalizava o prenúncio da traição, que foi registrado ainda em 2013.

Indagado se se sentia traído ou se já esperava o rompimento do tucano, o chefe do executivo disse que começou a observar algumas movimentações que apontavam para o desfecho da quebra da aliança, entre elas pedidos de emprego “anônimo”.

“No ano passado eu comecei a ver determinadas movimentações que talvez apontassem pra isso (rompimento). Aquela coisa que alguém chegava e dizia peça aqui um emprego pra fulano, mas não diga que fui eu que pedi não, então eu questionava o porquê daquilo, já que ele era um aliado e pedia segredo, se você é um aliado nada mais normal que ter esses pedidos”, falou.

Outro sinal revelado por Ricardo, que seria um prenúncio da traição seria alguns ataques isolados vindos de Campina Grande. “Sempre aparecia aliados dele de Campina Grande atacando a mim particularmente, mas eu acho que cada um dá o que tem pra dá e eu não estou preocupado com isso, estou preocupado que este governo está fazendo coisas boas e importantes para a Paraíba”, falou.

Para tentar escapar do debate político partidário, o governador disse que tem como objetivo levar uma palavra de progresso para o Estado e não de picuinha política ou de brigar menores.

“Esse estado tem que ter a chance de se desenvolver, a Paraíba não pode viver a vida toda sendo do tamanho de alguns de seus políticos, a Paraíba é maior que isso e é preciso aproveitar essa oportunidade”, concluiu.

As declarações do governador Ricardo Coutinho foram veiculadas essa semana, durante entrevista a um programa radiofônico de João Pessoa.

PB Agora