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Blog do Vavá da Luz

OS EFEITOS NEGATIVOS DAS PESQUISAS: José Maranhão venceu em duas, Lucélio em uma e João Azevedo também em duas….??? – Por Júnior Gurgel

OS EFEITOS NEGATIVOS DAS PESQUISAS: José Maranhão venceu em duas, Lucélio em uma e João Azevedo também em duas….??? – Por Júnior Gurgel

 

maranhao lucelio joao azevedo - OS EFEITOS NEGATIVOS DAS PESQUISAS: José Maranhão venceu em duas, Lucélio em uma e João Azevedo também em duas....??? - Por Júnior Gurgel

OS EFEITOS NEGATIVOS DAS PESQUISAS
Por Júnior Gurgel

A classe política nunca entendeu a real importância de uma pesquisa, como “instrumento de navegação”, usado para nortear a rota de uma campanha eleitoral. Interpretam exatamente o contrário, quando creem que os índices favoráveis podem mudar a opinião do eleitor, já decidido. Uma nota do Instituto Datafolha, lida esta semana na TV Globo News pelo jornalista e apresentador Eraldo Pereira – respondendo crítica de um dos presidenciáveis sobre suas amostragens no pleito de 2014 – explicava que o acontecido nas eleições daquele ano foi uma mudança repentina do sábado para o domingo de 14 milhões de eleitores (?). Isto, sem que tenha ocorrido nada de extraordinário, pois na lei do silêncio (72 horas antes do pleito) nem renuncia pode ser divulgada. Por que os institutos insistem em tentar manipular a população?

Aqui na Paraíba já foram divulgadas cinco pesquisas eleitorais, atendendo as três candidaturas que disputarão o governo do estado no próximo 07.10.2018. José Maranhão venceu em duas, Lucélio em uma e João Azevedo também em duas, inclusive nesta última – realizada pelo Bigdata – denunciada pelo blog do marqueteiro Dércio Alcântara (jornalismo investigativo) como tendenciosa, em função do proprietário do “famoso” Instituto, David Clemente Monteiro, ser um fornecedor de serviços para o governo do estado, faturando entre 2013 e 2017 através da empresa Geri, 200 milhões de reais.

O mais incrível é que a maior vítima e testemunha do insucesso deste malogrado tipo de “maracutaia” é o próprio Ricardo Coutinho. E logo ele, utilizar agora deste tipo de sofisma? Nas eleições municipais de João Pessoa (2004) quando se elegeu prefeito da capital, Ricardo Coutinho nunca esteve na frente em nenhuma pesquisa. A última e a de “boca de urna” apontou um segundo turno. Ele venceu no primeiro e com maioria expressiva. Vieram as eleições de 2010, e 72 horas antes do pleito de 03 de outubro (quinta-feira), em rede nacional a TV Globo divulgou a pesquisa do Ibope, indicando uma vitória esmagadora de José Maranhão no primeiro turno, com uma margem de 22% de maioria sobre Ricardo Coutinho. Se não existisse a postulação do PSOL, que obteve 12 mil votos, a derrota do peemedebista da época seria no primeiro turno.

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A pesquisa tem como objetivo identificar as falhas da campanha, erros do candidato, regiões onde o mesmo não é aceito e sua rejeição. Nada que não possa ser mudado ou corrigido, através da coordenação geral, com apoio da equipe de marketing e comunicação. Porém, se os dados não estiverem corretos o estrago pode ser fenomenal. A oposição (derrotada pela pesquisa) se enfurece, e o eleitor se transforma em militante. Reagindo de forma contrária, a situação (vencedora nas estatísticas) se acomoda com a certeza do triunfo.

Em nossa postagem de ontem mostramos os números das eleições de 2010. A certeza da vitória de José Maranhão, garantida pelo IBOPE/REDE GLOBO, provocou uma abstenção de 506 mil votos no primeiro turno. Se os números revelados mostrassem um empate técnico, a mobilização poderia ter favorecido o candidato derrotado, que talvez saísse vitorioso do pleito, já no primeiro turno. Entretanto, a pesquisa mentirosa estendeu seus efeitos negativos no segundo turno, provocando a incredulidade generalizada do eleitor na vitória de José Maranhão.

Este tipo de vício não foi inventado e nem praticado apenas na Paraíba. O que se observa no momento, no quadro da corrida presidencial, é um verdadeiro absurdo. Finalmente os Institutos admitiram Jair Bolsonaro como primeiro colocado. Porém, estagnado. E, inconformados, já prenunciam que ele perde para qualquer adversário no segundo turno (?). Os eleitores talibãs de Bolsonaro estão numa verdadeira batalha campal, nas redes sociais, indignados com este comportamento atípico e acintoso das redes de TV e grande mídia nacional. Se porventura o candidato do PSL vencer no primeiro turno virão as justificativas de sempre: mudanças repentinas.

Voltando a Paraíba, para dar um pouco de credibilidade aos números todos os institutos divulgaram em suas amostragens o senador Cássio Cunha Lima como o primeiro colocado na disputa para o Senado Federal. E isto é fato. No início deste ano, relatamos em um artigo neste espaço que percorremos o sertão paraibano e o povão que não respira política, só conhecia Cássio, José Maranhão e Ricardo Coutinho. A campanha de Lucélio foi mal elaborada, quando quiseram transformá-lo num outsider. O povo sabe que ele não representa nada de novo e é despido de excentricidade.  Na verdade, seu papel é de um porta-voz oficial da junção de quatro ou cinco famílias políticas oligárquicas da Paraíba, já em desentendimentos. João Azevedo tenta “incorporar” Ricardo Coutinho. Impossível. Perde sua originalidade, e se torna réplica com acabamento de péssima qualidade. Estas constatações poderiam ser obtidas através das pesquisas qualitativas, e seria fácil de serem alteradas, corrigidas ou readequadas. Mas, os nossos genais “marqueteiros” desprezaram a publicidade e adotaram a “alquimia”. Tentam por em prática os místicos experimentos milenários, de resultados históricos nunca comprovados: transformar chumbo em ouro.

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Fonte: A Palavra Online

Créditos: A Palavra Online