O partido Cidadania agora tem um governador. João Azevedo anunciou nesta sexta (31) sua filiação ao partido e com a chegada dele, outros entes políticos devem chegar. Com isso o partido deve ganhar o importante reforço de mais de um político com mandato reforçando sua legenda.

O Cidadania é um partido novo e velho. Isso porque tem na sua história algumas mudanças. Em 1922 surgia o PCB (Partido Comunista do Brasil), e tinha clara inclinação para a esquerda, seu símbolo era uma foice e um martelo cruzados, em amarelo, sobre fundo vermelho, representando a união entre os trabalhadores do campo e da cidade. O PCB foi a matriz da qual emergiram uma série de partidos importantes na dinâmica política brasileira, entre eles, o Partido Popular Socialista (PPS), cujo número eleitoral é o 23 (reconhecido como sucessor legal, pelo TSE).

Do PPS, fundado em 1992, surgiu o Cidadania. A fundação do PPS ocorreu em 1992 e seus principais aspectos programáticos eram uma nova definição do socialismo, pautado no humanismo e no internacionalismo, o que o classifica para alguns como partido defensor da social-democracia. Em março de 2019 o partido resolve mudar de nome, assumindo o nome Cidadania.

Na trajetória do partido, não foi só o nome que passou por mudanças. Surgindo como o primeiro partido de esquerda do Brasil, passando por um partido de “centro-esquerda”, o Cidadania acumula alianças com vários partidos de direita. Na lista de “parceiros” partidos como DEM, PTB e PSDB, tanto na esfera federal quanto em governos estaduais e municipais. Ao mesmo tempo que se afasta de partidos oposicionistas de esquerda, como o PSOL e o PSTU.

A especulação de que João Azevedo estaria se aproximando da direita foi confirmada com a recente filiação. O governador deve ser o próximo “amigo da direita”.