O presidente da Funjope, Mauricio Burity, lamentou nesta sexta-feira (20) que o São João na Capital paraibana tenha sido “penalizado”, após polêmica com o Ministério Público sobre a realização do evento na orla de João Pessoa.
Em entrevista ao Correio Debate, da 98 FM, Burity falou da redução no número de atrações e dias para o evento, mas, mesmo assim, garantiu que a queda de braço que foi travada com o MP NÃO vai ofuscar os festejos juninos na cidade. “Infelizmente nesse gesto de se manter o diálogo, do bom entendimento e levando esse evento para a praia, nós penalizamos uma parte do São João, reduzindo. Tenho certeza que foi reduzido para quatro dias, mas NÃO tirará o brilho e alegria do povo de João Pessoa na sua participação”, avaliou o gestor.
Mauricio Burity também lamentou que a PMJP tivesse que ir a Justiça para que a festa aconteça na praia, mesmo apresentando laudos do Corpo de Bombeiros, que mostravam que o Ponto de Cem Réis não apresentava condições para o evento.
“Nós tentamos convencê-los, mas infelizmente tivemos que ir para uma segunda instância para que a Justiça definisse”, contou o secretário, sobre o processo movido pelo Ministério Público.
“A prefeitura exauriu através do diálogo, do conhecimento técnico, pois tivemos duas audiência no Ministério Público onde tentamos mostrar que a perícia no Ponto de Cem Réis limitando essa capacidade para 10 mil e 800 pessoas, logicamente esse fato novo inviabilizaria todo o nosso São João”, declarou Burity lembrando que diante da aproximação da festa não tinha como encontrar outra área a tempo a não ser a orla onde já acontecem outros eventos.
O promotor João Geraldo se posicionou contrário a realização da festa alegando que o evento na orla causaria degradação do meio ambiente, comprometimento da mobilidade urbana, poluição sonora e ambiental, entre outros crimes.
O Ministério Público da Paraíba (MPPB) moveu uma ação civil pública com pedido de liminar requerendo que a PMJP não realizasse o “São João Pra Valer” na praia. O MPPB também recomendou o retorno do evento para o Centro Histórico, mesmo com laudo do Corpo de Bombeiros reprovando o ponto Cem Réis.
Roberto Targino – MaisPB