Ex-chefe de gabinete do governador Ricardo Coutinho (PSB), Lúcio Flávio Vasconcelos – professor da UFPB – postou em sua página no Facebook texto que liga psicopatia à política.
Ele cita alguns líderes políticos que seriam psicopatas e teriam perseguido (e até assassinado) dissidentes. Lúcio Flávio lamenta em sua postagem a falta de compaixão de líderes políticos, que tentam se manter no poder a todo custo.
Lúcio Flávio também destaca que os líderes psicopatas têm dificuldades extremas na manutenção de relacionamentos sociais. Abaixo, na íntegra, o texto postado pelo professor Lúcio Flávio Vasconcelos:
PSICOPATIA E POLÍTICA
“Eles estão entre nós. De acordo com o livro Mentes Perigosas, da psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva, (Fontonar: 2008), em torno de 4% da população é constituída por homens e mulheres psicopatas. Segundo a autora, eles nascem com um dispositivo cerebral que os impedem de ter compaixão e de se relacionar socialmente.
Seguindo a argumentação da psiquiatra Ana Beatriz, o psicopata age sempre racionalmente em busca dos seus objetivos. Desprovido de empatia e emoções, não mede esforços para alcançar seus objetivos. Quando querem, são sedutores e simulam sentimentos para manipular os incautos. Por isso é tão difícil identificá-los.
Destrói quem está no seu caminho. Aniquila sem piedade seus oponentes. Massacra seus opositores. São generais implacáveis, torturadores impiedosos, chefes tirânicos. Eles sempre acreditam que estão acobertados de plena razão. Não sentem compaixão, pena nem remorso por suas atitudes. São donos de verdades inquestionáveis.
A história está repleta de líderes psicopatas. Napoleão Bonaparte, italiano de nascimento, não se incomodava em mandar milhares de jovens franceses para o campo de batalha. Solano Lopes, ditador paraguaio, mandou matar irmãos que discordavam dele.
Hitler queimou 6 milhões de judeus acreditando que estava “purificando” a humanidade. Stalin perseguia e assassinava seus dissidentes. O ditador africano Bokassa comia literalmente o fígado dos seus adversários.
Para esses líderes, manter-se no poder é a essência da sua existência. Perigosos quando acuados, são capazes de todas ações para evitar sua derrocada.”
Amigo pessoal do governador Ricardo Coutinho, Lúcio Flávio Vasconcelos pediu demissão do cargo que ocupava no Governo do Estado e também desfiliação do PSB, em março deste ano.
Tendo acompanhado toda a trajetória política do governador, desde os anos 80, Lúcio Flávio disse que um dos motivos para o pedido de exoneração foi o rumor de demissão em massa dos comissionados.
Na época, ele falou que os rumores de demissão em massa teriam derrubado o discurso de ‘impessoalidade’ defendido pelo governador.
Jãmarrí Nogueira – MaisPB