O caso do prefeito de Queimadas, Jacó Maciel, que acaba de tomar posição pela candidatura do senador Cássio é mais do que emblemático. Certa vez eu estive conversando com Jacó e o mesmo me relatava uma grande decepção com o governador.
Na campanha de 2010, Jacó votou em Ricardo Coutinho praticamente sozinho, quase toda a classe política da cidade estava com o ex-governador José Maranhão, que prometeu mundos e fundos para contar com o apoio de Jacó. No entanto, o mesmo preferiu continuar com Cássio e votar em Ricardo Coutinho. Na época, nem o próprio RC acreditava em sua vitória, mas Jacó seguiu fiel ao grupo.
Ricardo era um ilustre desconhecido na cidade e levava uma surra de votos em todas as pesquisas. Mesmo assim, Jacó emprestou seu prestígio e conseguiu praticamente empatar o resultado no primeiro turno, onde Maranhão teve 9.711 votos e Ricardo Coutinho 9.695. No segundo turno o candidato do PSB teve mais de 12 mil votos.
Dois anos depois, ao disputar a prefeitura de Queimadas, Jacó Maciel pediu apoio ao governador, que prontamente se recusou. Além de não retribuir o apoio de Jacó, Ricardo ainda se aliou a Doda de Tião, adversário direto do atual prefeito.
Jacó não esconde suas mágoas de Ricardo e já tornou público o motivo.
“Tenho amizade com Cássio desde a época que fui deputado. Nada contra a pessoa do governador. Eu não posso votar com quem não votou em mim. Votei sozinho em Ricardo em Queimadas, no momento que precisei do governador, na eleição municipal, ele (Ricardo) me deu as costas”, disse.
Assim trabalha Ricardo Coutinho. Usa, usa e joga fora. Acha que toda a classe política tem a obrigação de votar nele, e sem nenhuma retribuição.
Para quem foi capaz de ser ingrato ao senador Cássio, responsável direto pela vitória de 2010, imagine com os demais políticos…
Kardec