Deputado do PSL que destruiu placa de Marielle ameaça diretora de escola
‘Iremos criminalizar e punir qualquer professor e diretor que esteja doutrinando adolescentes em escolas com ideologia socialista comunista’, disse, em video, o parlamentar eleito Daniel Silveira
Rio – O deputado federal eleito Daniel Silveira (PSL) se meteu em mais uma polêmica. Depois de participar da destruição de uma placa em homenagem à vereadora assassinada Marielle Franco (PSOL) ao lado do também deputado eleito pelo PSL Rodrigo Amorim, Silveira (na foto acima, de camisa amarela) gravou um vídeo em que ataca a diretora do Colégio Estadual Dom Pedro II, Andrea Nunes Constâncio. A escola fica em Petrópolis, na Região Serrana.
No depoimento, Daniel Silveira diz que pedirá uma auditoria da gestão de Andrea na escola porque, segundo o deputado eleito, ela teria feito retaliações a funcionários que o deixaram ter acesso ao local. De acordo com Silveira, a visita tinha a intenção de contribuir para “a modernização do sistema de nota, falta e presença” e, assim, “ajudar a vida dos professores”.
Assista:
“Todos os professores têm o meu respeito. Professores de esquerda têm o meu desprezo. Quero deixar isso claro”, disse o deputado eleito, pedindo aos seguidores que compartilhassem o vídeo.
Em tom de ameaça, Daniel Silveira declarou:
“Diretora, sou deputado federal e meu caráter é de fiscalizador. Posso entrar em qualquer estabelecimento sem permissão. Entenda isso. Não é você (Andrea) que pode me proibir. Se você tem medo que um deputado federal esteja na sua escola, ainda mais um deputado com a minha vertente, conservadora, que combate a ideologia socialista comunista, isso me cheira a m… E, se cheira a m…, vou fazer um favor. Vou solicitar uma auditoria na sua escola desde o princípio de sua gestão para ver se tudo está tão certinho para saber se realmente você detém a moralidade que você diz que detém”.
E continuou:
“Iremos criminalizar e punir qualquer professor e diretor que esteja doutrinando adolescentes em escolas com ideologia socialista comunista. Vocês não darão mais um passo sem a gente intervir e punir vocês”.
A diretora Andrea Nunes Constâncio e a Secretaria Estadual de Educação ainda não se manifestaram sobre o caso.
O Dia