E continua a crise instalada em torno da pré-candidatura do PMDB na disputa pelo Governo Estado. A mais nova polêmica gira em torno de um artigo publicado pelo ex-presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, o advogado Gilvan Freire, que apimentou ainda mais os bastidores e agindo como um ‘vidente’ previu a desistência de Veneziano Vital do Rêgo (PMDB) da disputa eleitoral.
Gilvan acusou Vené de estar apenas protelando uma decisão já esperada: “Afora Zé Maranhão, com seu acendrado amor ao PMDB, ninguém mais acredita na candidatura de Veneziano, que está cumprindo apenas uma estratégia de retirada em brevíssimo tempo”, contou.
Não satisfeito, Freire alfinetou a relação PMDB x PT:
“O pacto celebrado entre o PT e o PMDB, a se vê pelo resultado da convenção peemedebista, é uma mentirinha para uns enganarem aos outros, numa tentativa desesperada de salvar Dilma dessa onda nacional de mau humor coletivo contra o PT e seu governo, ambos testados em popularidade ao lado da FIFA nas arquibancadas da Copa do Mundo”, ironizou.
Confira na íntegra o artigo publicado no Blog de Gilvan Freire intitulado o ‘Barco do PMDB naufraga”
Afora Zé Maranhão, com seu acendrado amor ao PMDB, ninguém mais acredita na candidatura de Veneziano, que está cumprindo apenas uma estratégia de retirada em brevíssimo tempo. A saída, contudo, é ainda mais dramática do que a própria construção da candidatura, que foi feita de forma muito penosa atravessando os caminhos cobertos de gilete que lhe impôs o PT paraibano. O PT não tem pena do autoflagelo, como poderia ter pena de flagelar o PMDB, de quem não gosta?
Mas a via crucis de Veneziano começou lá atrás quando encerrou o segundo mandato de prefeito, ao final de 2012, deixando um acervo de problemas administrativos incompatível com o projeto de governar a Paraíba. Sua administração em Campina deveria ser o melhor espelho de sua candidatura, mas já não projetava mais a imagem do jovem audacioso que fazia tremer o solo campinense como um vulcão irritado. O chão agora já não treme mais, por razões óbvias.
ORA, SE O PRÓPRIO POVO DE CAMPINA DEMONSTRAVA-SE DESAPONTADO COM A ADMINISTRAÇÃO DE VENEZIANO, como imaginar-se que fora de Campina Veneziano conseguisse convencer a população eleitoral para um projeto de maior dimensão logo no campo administrativo, onde a experiência realizada seria o grande referencial?
Acontece que o nome de Veneziano vinha em disparada ascensão desde que balançou as redes de Cássio nos campeonatos locais por duas vezes seguidas, mas começou a fazer gols contra quando mais se lhe exigia desempenho em campo. Ademais, contrafeito porque Maranhão não lhe cedeu a candidatura em 2012, Veneziano e a família cruzaram os braços na campanha do velho artilheiro e foram cuidar dos destinos domésticos, endividando a prefeitura e desmantelando a gestão. Sobraram dois mandatos federais, uma queima da boa biografia e a derrota do PMDB ao governo – derrota que lhe condena à morte precoce agora.
DE FATO, SE VENEZIANO TIVESSE SIDO O VICE DE ZÉ MARANHÃO em 2010, o resultado da eleição teria sido outro, o desastre de sua administração teria sido transferido a seu vice, Zé Luiz, o resultado das últimas eleições em Campina não teria sido o mesmo, RC não existiria (para o bem e a paz da Paraíba), Cássio teria escapado com avarias (ou não escapado) e Maranhão – que hoje o protege sem armas – estaria armado até os dentes para fazer sua campanha de governador. Mas Veneziano, olhando apenas para seu próprio umbigo, superestimando seu carisma e lendo errado os recados das profecias, acreditou em moinhos de vento, como fez um dia D. Quixote de La Mancha.
DISSO TUDO, OBSERVAM-SE DOIS FOCOS DA CRISE QUE AFUNDA O VELEIRO DO PMDB, afora os erros cometidos pelo próprio Veneziano: o fato de Zé Maranhão ter deixado que Vitalzinho e o irmão conduzissem o partido no interesse deles dois, sem levar em consideração a opinião de outros líderes; e a traumática negociação com o PT, feita em clima de uma guerra suja na Paraíba e uma paz forçada vinda de cima – paz celebrada para ninguém cumprir com fidelidade nem aqui nem lá. O pacto celebrado entre o PT e o PMDB, a se vê pelo resultado da convenção peemedebista, é uma mentirinha para uns enganarem aos outros, numa tentativa desesperada de salvar Dilma dessa onda nacional de mau humor coletivo contra o PT e seu governo, ambos testados em popularidade ao lado da FIFA nas arquibancadas da Copa do Mundo. É hora de meditar sobre as melhores saídas e soluções que não contemplem apenas interesses familiares, e sim o sentimento partidário do maior partido da Paraíba. Sob pena de um desastre ainda maior.
Este artigo integrará o futuro livro: ‘PREVISÕES POLÍTICAS DE UM VIDENTE CEGO’
E você amigo internauta, concorda com os argumentos de Veneziano Vital? Opine no espaço destinado aos comentários.
Henrique Lima
PB Agora