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Blog do Vavá da Luz

Bolsonaro diz que posse de armas será uma das primeiras medidas de seu governo

Bolsonaro diz que posse de armas será uma das primeiras medidas de seu governo

Em primeira entrevista após eleição, ex-capitão também disse que pretende convidar Sérgio Moro para o Ministério da Justiça

Jair Bolsonaro em primeira entrevista após ser eleito
Jair Bolsonaro em primeira entrevista após ser eleito – Reprodução Record

Rio – Na primeira entrevista após ser eleito presidente do Brasil, Jair Bolsonaro disse que a posse de armas será uma das primeiras medidas de seu governo. O ex-capitão também defendeu a PEC do Teto de Gastos, que congela os investimentos públicos em saúde e educação por 20 anos, sugeriu que a Reforma da Previdência seja votada ainda no governo Temer e disse que pretende convidar Sérgio Moro para o Ministério da Justiça.

Na entrevista, concedida à Record, o presidente eleito prometeu uma “transição tranquila” com o atual governo, e afirmou que adiantar a votação da Reforma da Previdência para o final do governo Temer iria “facilitar o trabalho do novo governo”.

Bolsonaro também falou sobre a diminuição do número de cargos comissionados e de Ministérios. Segundo ele, além de nomes já confirmados como Paulo Guedes e Onyx Lorenzoni (DEM), falta pouco para a confirmação de Marcos Pontes para o Ministério da Ciência e Tecnologia. Sérgio Moro está cotado tanto para o Supremo Tribunal Federal (STF) quanto para o Ministério da Justiça.  Bolsonaro recuou sobre o aumento do número de ministros do STF, o que considerou um equívoco.

Indagado se vai governar para minorias, rebateu: “O que é minoria? Nós somos iguais”. “Não podemos pegar certas minorias e achar que elas têm superpoderes”, concluiu.

Sobre General Mourão, seu vice, Bolsonaro afirmou que “faltou malícia para conversar com a imprensa”. Já em relação a Paulo Guedes, não houve críticas nesse sentido. Ao contrário: Bolsonaro elogiou sua fala sobre o Mercosul e enfatizou sua postura “contra o politicamente correto”. Em seguida, ponderou: “ninguém quer implodir o Mercosul”. O presidente eleito disse que pretende apenas “nos livrar de algumas amarras com o Mercosul”.

Bolsonaro também usou o combate ao politicamente correto como argumento para defender o porte de armas: “Nós precisamos abandonar o politicamente correto e achar que com todo mundo desarmado, o Brasil vai ser melhor. Não vai ser melhor.” Em seguida, confirmou que pretende, “com a bancada da segurança bastante empenhada, mudar o estatuto no corrente ano”. O porte de armas estaria dentro de um “pacotão de medidas”, que visa defender o agronegócio, as forças armadas, os policiais e toda a sociedade brasileira.

O capitão da reserva afirmou que orientou o PSL a não disputar a presidência da Câmara e que prefere dividir o poder no Congresso com outros partidos, em prol da governabilidade. Ele disse ainda que “qualquer invasão, quer seja feita pelo MST ou o MTST, será tipificada como terrorismo”. “A propriedade privada é sagrada”. Em seguida, negou o diálogo com movimentos sociais.

Bolsonaro também defendeu privatizações e disse que não há possibilidade de uma intervenção militar na Venezuela.

Jair Bolsonaro em primeira entrevista após ser eleitoREPRODUÇÃO RECORD

Jair Bolsonaro em primeira entrevista após ser eleito

REPRODUÇÃO RECORD
Por O Dia