A bancada da Paraíba e a ‘bandeira branca’ para Bolsonaro
Dos 15 parlamentares da Paraíba em Brasília, somente um deve fazer dura oposição ao governo do presidente Jair Bolsonaro.
Frei Anastácio, deputado do PT, tem credencial, ideologia e motivação para isso. Até pela natural revanche petista, o frade – dono de perfil mais aguerrido – morderá o calo presidencial.
Nos demais, nenhum apetite para tanto. Pelo menos por enquanto.
Eleitos pela oposição a Bolsonaro, Damião Feliciano e Wellington Roberto nem ensaiam esse combate.
Para oferecer uma satisfação ao seu PSB, perfilado na esquerda, o estreante Gervásio Maia pode até oferecer contraponto, mas nada com potencial bélico.
Hugo Motta, Aguinaldo Ribeiro e Wilson Santiago são pragmáticos e constróem suas plataformas a partir da interlocução com ministérios e liberação de recursos para base de prefeitos. Por mais discordâncias que guardem, vão preferir assistir a caravana passar sem barulho.
A trindade tucana (Ruy Carneiro, Edna Henrique e Pedro Cunha Lima) também não deve incomodar. Muito pelo contrário.
Efraim Filho e Julian Lemos – este aliado de primeira hora – são declaradamente apoiadores do novo governo e Bolsonaro desde criancinha.
No Senado, a cena se repete.
Daniella Ribeiro, José Maranhão, eleitores de Bolsonaro no segundo turno, e Veneziano Vital, se inclinam por atuação de equilíbrio e se posicionarão de acordo com os fatos e ações governamentais.
Não começam o mandato com a obrigação de ser a favor ou contra.
Um desenho que não deixa dúvidas: se depender do comportamento da bancada, a Paraíba não será pedra no caminho e Bolsonaro pode respirar em paz.