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Fim do mistério: pais de Bruno Ernesto conseguem identificar origem das armas e munições usadas no assassinato

Depois que a vereadora Raissa Lacerda decidiu protocolar pedido de instalação de CPI para apurar o Jampa Digital e a eventual ligação com o assassinato de Bruno Ernesto, o assunto voltou à pauta do noticiário político e, claro, policial. Como se sabe, o caso vem se desenrolando nos últimos quatro anos sem julgamento e, para a vereadora, ainda carrega o mistério da morte de Bruno.

Porém, um dos elementos mais intrigantes dessa história, sobre a origem das armas do crime, acaba de ser desvendado. Os pais de Bruno conseguiram identificar, há alguns dias, a quem pertenciam as armas do crime, e rastrearam, inclusive, como se deu a compra da munição, usada no assassinato. Essas informações devem ser reveladas proximamente, “com todos os detalhes”.

Mistério – O inquérito policial foi concluído quatro meses após o assassinato do jovem Bruno Ernesto Moraes, com o enquadramento de todos os suspeitos. Mas, havia uma falha no mínimo intrigante: apesar de ter o número de série das armas usadas no crime, a Polícia não identificou os proprietários. É um mistério, sem dúvida.

As armas identificadas como sendo usadas no crime foram dois revólveres marca Taurus (da Companhia Brasileira de Cartuchos), com numeração ND95941 e1180890. Mais que isto, a Polícia descobriu que as munições usadas no crime foram de calibre 38 tipo SPL + P de marca CBC Hollow Point (dumdum) com o seguinte numeração de lote “AHQouO92”. A quem pertenciam essas armas, afinal? E quem comprou essas munições?

O crime – Quando foi assassinado (em 7 de fevereiro de 2012), Bruno Ernesto era diretor de Infraestrutura e Suporte da Prefeitura de João Pessoa, por isso sua inevitável associação com o escândalo do Jampa Digital, já que ele era um dos coordenadores do programa que, dois anos depois, foi escândalo nacional,  com uma extensa reportagem do Fantástico (Rede Globo). Mais em https://goo.gl/q8u8Jd.

Naquela noite de fevereiro, por volta das 19h, Bruno foi sequestrado pela quadrilha próximo à sua residência, no bairro dos Bancários, colocado na mala do próprio carro (um Corsa Sedan) e levado a uma área deserta da Zona Sul. Após se apropriarem de seus bens, inclusive um notebook, ele foi assassinado com um tiro na nuca, mesmo pedindo para não ser morto. Revelação de um dos criminosos.

O tiro na nuca, para a Polícia, é sinal de execução. Também restou comprovado que eles sabiam de toda a rotina de Bruno, antes de executar o plano. Tinham, como se suspeitou, informações privilegiadas sobre seu trajeto.

Eles foram presos, quando dirigiam o carro por um bairro de João Pessoa. Segundo o inquérito, concluído poucos meses depois, o caso foi de latrocínio. Os sete foram julgados e condenados, com pena máxima. E o caso foi dado como encerrado.

Execução – O tiro na nuca, para a Polícia, é sinal de execução. Às vezes, por encomenda. Em entrevista à Imprensa, alguns bandidos chegaram a admitir terem sido contratados para realizar “o serviço”.

-Giro Pb