Garota que planejou assassinato dos pais 12 anos atrás teria de mudar de presídio para trabalhar no escritório do advogado
Apesar da alegria com que, segundo seu advogado, recebeu a notícia de poder cumprir sua pena em regime semiaberto, Suzane Von Richtofen recusou a transferência para outro presídio, necessária para o procedimento. A decisão foi confirmada pela Secretaria da Administração Penitenciária de São Paulo, nesta quarta-feira (20).
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Hoje com 30 anos, a jovem que planejou a morte dos pais em 2002 precisaria ir a outro presídio para que pudesse cumprir o semiaberto, já que a penitenciária onde se encontra desde 2006 ainda não possui ala para esse tipo de regime. Em documento assinado na segunda-feira (18), Suzane pediu a permanência em Tremembé alegando aguardar o término da construção da ala local voltada para condenados com essas condições, prevista para ser entregue em fevereiro de 2015.
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O documento já foi enviado à Vara de Execuções Crimais de Taubaté, responsável pela concessão do semiaberto, a quem ainda cabe se manifestar sobre o assunto. Na declaração, Suzane também ressaltou sua pretensão de seguir trabalhando na oficina da Funap (Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso) sob a justificativa de necessitar da progressão da pena e do salário das atividades.
A decisão de transferir a condenada ao semiaberto partiu da juíza Sueli Zeraik de Oliveira Armani, da Vara de Execuções Criminais de Taubaté (SP), no último dia 11 de agosto. Na ocasião, ela justificou que a Lei de Execução Penal exige a progressão da pena baseada no comportamento carcerário, classificado pela magistrada como ótimo, e no período cumprido, “de quase 12 anos”. Uma semana depois, o Ministério Público de São Paulo entrou com recurso contra a decisão.
Após o anúncio da Vara, o advogado de Suzane, Denivaldo Barni, afirmou que ela trabalharia como auxiliar em seu escritório por um salário mínimo. Segundo ele, Suzane havia ficado muito muito feliz com a decisão da juíza e por voltar a ter contato com o mundo exterior.
Para esclarecer os novos rumos do caso, o iG entrou em contato com o promotor Marcelo Negrini de Oliveira Mattos, responsável pelo recurso, e com Barni, mas eles não foram encontrados para comentar o assunto.