Polícia Civil de Ingá investiga crime de depredação a patrimônio público em Ingá.
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Na ultima sexta-feira(6), o Governador João Azevedo e o Prefeito Robério assinaram a ordem de serviço para o início das obras de construção do abatedouro regional, que será construído em Ingá. A obra está estimada em mais de 1,9 milhão de reais e atenderá os pecuaristas e empresários de Ingá e mais 6 cidades da nossa região.
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O terreno onde está previsto a construção do abatedouro, que está em processo de desapropriação(Nº: 0800652-03.2022.8.15.0201), foi proferido no dia 05 de setembro de 2022, pela Juíza da 2ª vara da comarca de Ingá Isabelle Braga Guimarães de Melo e publicado em Decreto municipal, que declara de utilidade publica a desapropriação e, por esse motivo o terreno está sob litígio judicial entre a Proprietária do terreno e a Prefeitura Municipal de Ingá.
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Joselita Cristovão do Nascimento, então proprietária do terreno, entrou com uma ação judicial, Agravo de Instrumento, que pedia a anulação da desapropriação. Ação esta que foi indeferida pela Desembargadora Maria das Graças Morais Guedes. Porém, não satisfeita com a decisão, a proprietária, Joselita, entrou com um novo recurso de embargos de Nº 66142913 – Embargos de Declaração, que mais uma vez foi indeferido e sentenciado pela Juíza Isabelle Braga Guimarães de Melo.
Com as decisões tomadas a favor da desapropriação, a prefeitura de Ingá junto ao governo do estado, iniciaram o processo de assinatura da ordem de serviço, sendo concluído e assinado no ultimo dia 06 de janeiro.
No dia anterior à assinatura da ordem de serviço, funcionários da prefeitura foram realizar trabalhos de limpeza, cercamento do terreno e organizar o espaço para a cerimônia da assinatura que, também, ocorreu no local. Sabendo do início dos trabalhos no terreno, filhos e funcionários da Srª Joselita, foram até o local e fizeram a maior confusão impedindo que os trabalhadores dessem continuidade, alegando que não havia nenhuma autorização para realização dos trabalhos. Os ânimos só se acalmaram com a chegada da polícia militar. Com um mandato de segurança em mãos, os funcionários da prefeitura continuaram os trabalhos, concluindo a limpeza e a instalação da cerca de arame que delimitava o terreno. Foram 16 pessoas envolvidas na realização dos trabalhos que ocorreu das 16h às 21h da noite de quinta-feira.
Na sexta-feira, dia da assinatura, filhos da Srª Joselita e a própria Joselita, foram até o local da cerimônia com faixas de protesto contra a desapropriação e com gritos de “invasor” direcionados ao prefeito Robério Burity.
Achando que tudo estava encerrado?
Durante a madrugada do sábado para o domingo, homens com tratores foram até o local onde será construído o abatedouro e derrubaram 232 metros de cerca e fizeram um nova cerca fechando a entrada do terreno, impossibilitando o inícios das obras.
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Tendo em vista, o ato criminoso depredação ao patrimônio público, a polícia civil de Ingá abriu um inquérito civil 001/2022, para investigar a ação. Na manhã desta segunda, os peritos da polícia civil, foram até o local para fazer a perícia de comprovação de danos ao patrimônio público.
“Estamos fazendo a perícia para verificar se houve danos ao patrimônio público e em seguida iremos instalar o inquérito, investigar e ouvir todos os envolvidos”. Falou o Delegado Valdério Lobo, que está a frente das investigações.
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