Riachão do Bacamarte, município localizado no agreste paraibano, é uma pequena cidade de posição estratégica. Situada a poucos quilômetros de Campina Grande, e com acesso facilitado a diversas rodovias que a conectam a cidades como Ingá, Itatuba e Mogeiro, Riachão tem se destacado não apenas pela sua geografia central, mas, lamentavelmente, também por sua vulnerabilidade diante da criminalidade.
Recentemente, um caso chamou atenção e acendeu um alerta na população: o irmão do prefeito da cidade, conhecido popularmente como “Rambo” — apelido que remetia à sua postura corajosa e personalidade marcante — foi vítima de um audacioso crime dentro de sua própria residência. Segundo relatos, ele foi surpreendido por criminosos, mantido em cárcere privado e forçado a transferir via Pix a quantia de R$ 45 mil. Além disso, duas motocicletas teriam sido levadas da propriedade.
O caso gerou repercussão não apenas pela identidade da vítima, mas pela ousadia da ação e pela percepção de facilidade com que os criminosos puderam evadir-se. O posicionamento geográfico de Riachão, embora vantajoso para o escoamento de produção e mobilidade regional, também favorece a fuga rápida de bandidos, dificultando a ação imediata das forças de segurança.
A cidade, que sempre foi marcada por tranquilidade e pelo espírito comunitário, vê-se agora diante do desafio de fortalecer seus mecanismos de segurança pública. O episódio levanta questões sobre o investimento em policiamento, monitoramento eletrônico e a necessidade de políticas regionais mais integradas entre os municípios vizinhos.
Enquanto as investigações seguem seu curso, a população de Riachão do Bacamarte aguarda respostas e medidas concretas. O crime que vitimou “Rambo” pode ter sido pontual, mas revelou brechas que, se não forem enfrentadas com seriedade, poderão comprometer o bem-estar e a sensação de segurança de toda a cidade.