Sob a Batuta do Maestro Flavio, um vibrador, um guerreiro, um amante do que faz, que traz nas veias o sangue musical da família, a Banda 31 de março, que hoje completa 82 anos de fundação e irá a praça central a partir da 19 horas para uma apresentação histórica como ela o é, executando saudosos dobrados que nos transporta a um passado bonito e feliz.
Patrimônio Histórico da nossa cidade, a banda 31 de março sempre foi um marco na nossa historia desde o seu fundador a maestros que por ela passaram e grandes músicos que dela surgiram.
O Blog do Vava da Luz vem convidar a todos os Ingaenses e de pé prestar essa homenagem a todos que compõem aquela filarmônica e rogando a Deus para que os governantes de nossa cidade continuem a prestigiar tão valioso patrimônio
DADOS ARTÍSTICOS DE MESTRE CAZUZINHA, SEU FUNDADOR
Aos 18 anos de idade começou a se destacar na Banda de oficiais de Limoeiro da qual logo se tornaria mestre. Em 1917, a banda de Limoeiro dirigida por ele foi destaque nos festejos carnavalescos da cidade. No mesmo ano, nascia seu primeiro filho, o futuro maestro Severino Araújo. Com o tempo a banda de Limoeiro dirigida por ele se tornou referência na região e era sempre requisitada para tocar em festas e eventos cívicos. Em 1926, recebeu uma proposta irrecusável e mudou-se com toda a família para a cidade de Chã do Rocha onde passou a dirigir a Banda Municipal de Chã do Rocha. Em 1931, passou a reger a Banda Municipal de Aroeiras. Dois anos depois, foi para a cidade Ingá do Bacamarte, cidade vizinha de Aroeiras, que desde 1920 não possuía banda de música. Fundou então a Banda Filarmônica 31 de Março, que foi financiada pela prefeitura e recebeu instrumentos novos. Na banda da cidade de Aroeiras passou a ter a companhia dos filhos que também tocavam nela. Em 1934, a Banda 31 de Março foi convidada a tocar em João Pessoa, capital da Paraíba, em uma recepção a José Américo de Almeida, então ministro de Viação e Obras Públicas do governo de Getúlio Vargas. Na década de 1930, seus filhos foram ingressando na vida de músicos profissionais e ele permaneceu regendo a banda 31 de março, sempre presente nos festejos carnavalescos em diferentes cidades da Paraíba. Em 1934, seu frevo “Ingá não gosta de ninguém”, interpretada pela Banda de Ingá fez sucesso durante oi carnaval na cidade de Floresta dos Leões. Em 1954, o frevo “Ingá não gosta de ninguém”, foi gravado pela Orquestra Tabajara em disco Continental com o nome mundificado para “Saudades de Ingá” por sugestão do compositor Braguinha. Dois anos depois, compôs o frevo de abafo “Mayrinkianos” uma homenagem sua aos filhos que então faziam sucesso tocando com a Orquestra Tabajara na Rádio Mayrink Veiga, e que seria gravada pela orquestra no mesmo ano.
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