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Paraíba investiga caso suspeito de sarampo; último contágio foi registrado em 2019

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) investiga o primeiro caso suspeito de sarampo na Paraíba em dois anos. Trata-se de uma criança de cinco meses de idade, do sexo feminino, residente do município de João Pessoa, sem histórico de contato com outro caso suspeito ou confirmado, que apresentou febre, lesões na pele e gânglios atrás das orelhas. O Estado da Paraíba não apresenta circulação endêmica do vírus do sarampo desde o ano 2019, quando foram registrados 67 casos confirmados.

O sarampo é um agravo altamente transmissível, que pode ter apresentação grave e cursar com complicações sérias, como pneumonia e encefalite podendo ter evolução fatal. Frente ao risco de reintrodução do vírus do sarampo no estado, a Secretaria de Estado da Saúde alerta os profissionais de saúde para a notificação imediata, em até 24 horas, de todos os casos suspeitos de sarampo.

A secretária executiva de Saúde do Estado, Renata Nóbrega, frisa que, além da notificação em tempo oportuno, é importante lembrar que o sarampo é um agravo que pode ser evitado por meio de vacina, a qual faz parte do calendário vacinal com duas doses, sendo uma aos 12 meses e outra aos 15 meses. Os adultos até os 29 anos precisam ter o esquema completo com duas. Já para a população com idade entre 30 e 59 anos, que não tenha recebido a vacina anteriormente, precisa ser vacinada com uma dose. Já os trabalhadores de saúde recebem duas doses, independente da idade.

“A Paraíba está com a campanha de vacinação contra o sarampo em curso até o dia 03 de junho, voltada para a atualização do cartão Vacinal de crianças de 06 meses a menores de 5 anos de idade e para os profissionais de saúde. Mas é importante ressaltar que esta população deve procurar uma das mil salas de vacina em todo o estado para se proteger contra o agravo, bem como a sociedade, tendo em vista a transmissibilidade do vírus”, enfatiza Renata.

A SES registra que apenas 62 dos 223 municípios paraibanos possuem cobertura vacinal acima de 95%, meta preconizada pelo Ministério da Saúde. As baixas coberturas vacinais apontam para um acúmulo de indivíduos suscetíveis a cada ano, condição essencial para a propagação da doença caso o vírus volte a circular no estado. Após exposição a um caso de sarampo, praticamente todos os indivíduos suscetíveis adquirem a doença. O vírus pode ser transmitido 5 dias antes a 5 dias após a erupção cutânea.

Redação Paraíba Já