Ao falarmos do infarto, uma das principais complicações da pressão alta, a maioria das
pessoas se lembra de
casos em idosos. Afinal, quanto maior a idade, maior a chance de sofrer um infarto.
No entanto, esse evento
cardiovascular também pode atingir os mais jovens e, neles, apresenta algumas
particularidades que não podem
ser deixadas de lado.
Estilo de vida está aumentando o número de
infartos em jovens
De acordo com a cardiologista Ana Catarina de Medeiros Periotto, os registros
de infartos na população entre os
20 e os 40 anos de idade estão aumentando: “Casos assim estão cada vez mais
comuns devido ao estilo de vida
pouco saudável, com alto consumo de cigarros e gorduras saturada e trans,
além da obesidade e sedentarismo”,afirma a médica.
Além disso, o infarto em um indivíduo jovem costuma ser mais grave porque,
ao longo da vida, o corpo cria uma rede
que consegue suprir a falta de sangue, chamada circulação colateral. “Jovens de
30 a 40 anos têm menos artérias
colaterais e, por isso, ao sofrerem a obstrução de uma artéria coronária, perdem
grande quantidade de massa muscular,
levando à insuficiência cardíaca e à morte”, alerta a médica.
Nos jovens, infarto costuma ser mais rápido
Outro problema do infarto em jovens é a velocidade com que o entupimento das
artérias ocorre.
Enquanto nos idosos e em pessoas de meia idade, a obstrução é mais lenta, nos
jovens, as artérias afetadas são maiores
e podem entupir subitamente. Em relação aos sintomas, não existem diferenças
significativas entre as faixas etárias.
A melhor maneira de prevenir o infarto é conhecer os fatores de risco e evitar o
que for possível. “Há fatores que podem
ser combatidos, como fumo, sedentarismo, diabetes, hipertensão e colesterol elevado,
e os fatores de risco não modificáveis,
que é o histórico familiar de doença precoce em parentes de primeiro grau”, afirma
a cardiologista.
REDAÇÃO CUIDADOS PELA VIDA /
Foto: Shutterstock
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