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Blog do Vavá da Luz

Especialistas respondem as dúvidas mais comuns sobre o dente do siso

O dente do juízo, como é conhecido popularmente o siso, ganhou esse apelido porque ele tende a surgir quando estamos na iminência da vida adulta, ou seja, entre os 17 e 25 anos.

Mesmo que muitos questionem a razão de termos o dente do siso, ele tem sim utilidade. Ele ajuda nosso sistema mastigatório, embora já não seja indispensável uma vez que outros dentes podem assumir essa função sem prejuízo algum.

>> Veja as 10 dúvidas mais comuns sobre os dentes do siso abaixo:

O dente do siso tem alguma função? Sim. Ele é o 3º molar da nossa arcada dentária. Antigamente era mais necessário, mas ainda ajuda bastante na mastigação. Foto: iStock
Quando é a época certa dos sisos começarem a nascer? Os dentes do siso costumam a erupcionar, ou nascer, entre 17 e 25 anos. Foto: iStock
Todo mundo tem os dentes do siso? Não. Uma pessoa pode nascer sem os dentes do siso. Por meio de exames, o dentista poderá checar essa condição. Foto: iStock
O dente do siso pode ter cárie? Sim, desde quando começa a erupcionar. Portanto, a higienização é muito importante nessa região. Foto: iStock
Sempre precisamos retirar os dentes do siso? Não. A remoção é comumente indicada quando ele nasce mal posicionado e atrapalha o dente vizinho ou quando fica voltado para a bochecha ou língua. Outros casos também devem ser analisados por profissionais. Foto: iStock
O siso sempre prejudica o alinhamento dos outros dentes? Nem sempre. Em alguns casos, ele tem espaço para nascer e não tem problema nenhum. Foto: iStock
Dentes do siso causam dor ao nascer? Quando o siso está nascendo é normal doer um pouco, mas se houver sangramento é recomendável procurar um dentista. Foto: iStock
Se o dente do siso ainda não nasceu o dentista nunca poderá extraí-lo? Isso é um mito. Dentes do siso que ainda não erupcionaram também podem ser removidos. Isso dependerá da avaliação do dentista. Foto: iStock
Quem está apto a remover os dentes do siso? Eles podem ser retirados pelo cirurgião-dentista da sua confiança, mas há também o cirurgião buco-maxilo-facial que é especialista na área. Foto: iStock
Quantos dentes do siso temos? São quatro no total. Dois superiores e dois inferiores, em ambos os lados da boca, direito e esquerdo. Foto: iStock
O dente do siso tem alguma função? Sim. Ele é o 3º molar da nossa arcada dentária. Antigamente era mais necessário, mas ainda ajuda bastante na mastigação. Foto: iStock

Por nascer no fundo da boca, é de difícil higienização. Assim, atenção extra quando o siso está nascendo, pois o acúmulo de restos de alimentos na região pode provocar o surgimento de cáries já nessa fase.

“Pode entrar restos de comida sob a gengiva e daí causar a cárie”, explica a cirurgiã-dentista Maria Luiza dos Santos.

Apesar de vir por último, o dente do siso não chega só para bagunçar uma dentição perfeita. “Depende de cada situação. Em alguns casos, se o dente do siso estiver apoiado em outro dente, ou se estiver mal posicionado, ele interfere e atrapalha no posicionamento dos dentes. Tem ocasiões em que ele tem espaço para nascer e não ocasiona problema nenhum”, analisa Arthur Iera, cirurgião-dentista.

Para nascer, o dente precisa rasgar a gengiva e isso causa um pouco de dor, mas nem pense em suspender a escovação da área. A higienização adequada, inclusive com fio ou fita dental, evitará a inflamação da gengiva. Para Maria Luiza, é normal sentir dor, mas se houver sangramento, o conselho é procurar ajuda especializada.

Remoção

A necessidade de remoção do dente do siso é avaliada pelo cirurgião-dentista ou pelo cirurgião buco-maxilo-facial. Mas será que é comum tirar um dente que ainda nem nasceu? Segundo Arthur, esses casos ocorrem quando ele já está impactando o dente vizinho. E é preciso lembrar que remover um dos sisos não significa que os demais também terão que ser retirados. Cada caso deve ser analisado individualmente.

Se o dentista optou pela remoção, é importante seguir as orientações para o pré-operatório e relatar também todos os medicamentos que a pessoa faz uso. “Quem usa ácido acetilsalicílico (aspirina), por exemplo, precisa comunicar o dentista porque a substância dificulta a coagulação, habilidade importante na fase da cicatrização pós-cirúrgica. O mesmo acontece com o ginkgo biloba, que por ser uma substância natural, a pessoa nem desconfia que pode interferir na cirurgia”, relata Maria Luiza.

No pós-operatório, evite alimentos e procedimentos que alterem a temperatura do corpo. “É como qualquer outra cirurgia. Não faça exercícios físicos, não fique em lugares quentes, evite comida muito quente. A cicatrização exige a formação de um coágulo e, com o calor, ele se desmancha. Use uma bolsa de gelo para evitar o inchaço também”, recomenda Arthur.