Pular para o conteúdo

Blog do Vavá da Luz

Alguém se lembra desse nome ? Erisipela, então Saiba o que é erisipela, a infecção que atacou a colega blogueira Gabriela Pugliesi

Conheça os sintomas e aprenda como prevenir a infecção que pode começar com um simples pelo encravado e evoluir para uma infecção generalizada

 
 
 

Nos últimos dias, quem segue a blogueira fitness Gabriela Pugliesi nas redes sociais pôde acompanhar o drama da celebridade ao perceber que uma ferida em sua perna havia se transformado em uma doença mais grave, a erisipela.

A blogueira fitness, Gabriela Pugliesi, foi infectada por erisipela e postou fotos da ferida em suas redes sociais
Reprodução/Instagram/Gabriela Pugliesi

A blogueira fitness, Gabriela Pugliesi, foi infectada por erisipela e postou fotos da ferida em suas redes sociais

Apesar de pouco conhecida, a erisipela é mais comum do que se pode imaginar, conforme afirmou o presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular do Rio de Janeiro (SBACV-RJ), Carlos Peixoto. “Muitas vezes as feridas são tratadas em casa, como um simples machucado, mas é preciso ficar muito atento para que a situação não piore”, explicou ele.

O que é erisipela?

Essa é uma infecção aguda que surge como inflamação na pele. Muitas vezes as pessoas percebem o machucado e deixam pra lá, e isso pode agravar ainda mais a situação, como foi o caso de Gabriela. “A doença é causada por uma bactéria, geralmente o estreptococos, que entra em contato com a pele quando algum traumatismo ocorre, abrindo espaço para a infecção. Pode ser um furúnculo, frieira ou até picada de mosquito”, esclarece o dermatologista Murilo Drummond, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Falta de higiene pode causar a infecção

Os locais mais comuns de acontecer podem ser nas pernas, pés e rosto. Além das situações já citadas pelo doutor Drummond, um pelo encravado, micose, ou até mesmo uma simples espinha pode ser a porta de entrada para a bactéria, segundo ele.  Para evitar que a doença ocorra, cuidados cotidianos com a higiene devem ser tomados. “Uma depilação em um local menos higiênico ou não ter o hábito de secar entre os dedos dos pés, cortar as unhas com materiais não higienizados podem fazer com que a infecção aconteça”, afirma Peixoto.

Como saber se é erisipela?

Para diagnosticar a inflamação o doutor Drummond cita três sintomas: dor, calor e rubor. No entanto, um sintoma determinante para saber se a sua ferida é erisipela ou não é a febre. “Geralmente a vermelhidão, a dor e o inchaço são comuns em infecções mais leves. Quando isso acontecer, é importante deixar o local limpo, usando álcool fator 70, ou até água oxigenada”, alerta o angiologista.

Ele também recomenda deixar água corrente cair na pele, e se estiver saindo algum pus, é importante cobrir com um curativo. “Mas se der febre, é preciso procurar ajuda médica” conclui. Ao constatar que a ferida se trata de erisipela, em muitos casos o recomendável pelo médico é o tratamento com algum antibiótico, e se possível, repouso para não deixar com que a infecção passe para outras áreas do corpo. Beber bastante líquido e manter uma alimentação mais saudável também é essencial.

Infecção generalizada

Por ser uma doença mais grave, quem for infectado por erisipela não pode deixar que a doença se espalhe, conforme orienta Drummond. “Em alguns casos, se não for tratado corretamente, a infecção pode ser tornar ser generalizada, e, em situações mais raras, pode até levar a óbito.”

Idosos e crianças devem ter atenção redobrada com a recuperação, já que a imunidade dessas pessoas geralmente é mais baixa.

Peixoto reforça a importância de um tratamento contínuo da erisipela, que deve durar de 10 a 15 dias. “É preciso tomar a medicação indicada até o último dia prescrito. Se houver interrupção o quadro inflamatório pode voltar.”

IG/vavadaluz