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Candidatura de José Aurélio pode implodir o bloco da situação e favorecer oposição no TJ

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Os 19 desembargadores do Tribunal de Justiça da Paraíba vão as urnas no dia 16 de novembro eleger os novos membros da mesa diretora (presidente, vice-presidente e corregedor-geral) para o biênio 2017/2018. Nos bastidores já começaram as articulações e há quem preveja surpresas no dia do pleito. “O jogo só está começando”, afirmou um desembargador.

Pelas regras atuais qualquer um poderá se candidatar ao cargo de presidente. Antes apenas os mais antigos podiam concorrer. O desembargador José Aurélio da Cruz foi o primeiro nome a ser lançado, com o apoio do atual presidente, o desembargador Marcos Cavalcanti.

Ele já teria em tese os apoios necessários para vencer a disputa. Do lado da oposição, os desembargadores apostam num racha para surpreender e ganhar o jogo. De acordo com um levantamento feito junto aos próprios desembargadores José Aurelio contaria com 10 votos, incluindo o dele.

Do seu lado, estariam os desembargadores Marcos Cavalcanti, Fred Coutinho, Oswaldo Trigueiro do Valle Filho, João Alves, José Ricardo Porto, Maria das Graças Morais Guedes, Leandro dos Santos, Maria de Fátima Bezerra e Romero Marcelo. Ocorre que a candidatura de José Aurélio da Cruz não estaria sendo bem aceita pelo bloco da situação e causando insatisfações. A expectativa de que um nome da nova geração seria o escolhido para ser o candidato do bloco da situação foi frustado com o lançamento do ex-presidente do TRE. Pode ocorrer um racha na situação.

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Os 19 eleitores.

Do lado adversário, estão os desembargadores Ramalho Junior, Abraham Lincoln, Márcio Murilo, Saulo Benevides, Joás de Brito, Maria das Neves do Egito, Arnóbio Alves, João Benedito e Carlos Beltrão.

Basta a oposição conseguir um voto do lado situação para virar o jogo. E é nisso que estão apostando os desembargadores que não apoiam o nome de José Aurélio. O magistrado já deixou a presidência do Tribunal Regional Eleitoral para poder concorrer na eleição do TJPB.

No último pleito também houve disputa pela presidência do Tribunal de Justiça. O mais votado foi o desembargador Marcos Cavalcanti, que obteve 10 votos contra oito do desembargador Márcio Murilo. O desembargador Joás de Brito também concorreu ao pleito, mas não obteve voto. Foi registrado um voto nulo.

Antes de surgir a candidatura de José Aurélio, o nome mais ventilado para suceder Marcos Cavalcanti era do desembargador Fred Coutinho, que atualmente exerce o cargo de ouvidor do TJPB.

Depois da eleição de Marcos Cavalcanti em 2014, foram aprovadas novas regras para a escolha da mesa diretora. De acordo com as mudanças, todos os desembargadores poderão concorrer aos cargos de direção do TJPB, para um mandato de dois anos, por voto secreto, sendo vedada a reeleição. Portanto, esta será a primeira eleição já com as regras em vigor.

Fonte: polemica