Procurador geral fez palestra aos 400 alunos que o escutaram nesta sexta-feira (7) na Escola Superior Dom Hélder Câmara, em Belo Horizonte
Após ser ofendido pelo senador e ex-presidente Fenando Collor, investigado na operação Lava Jato, o procurador geral da República Rodrigo Janot afirmou que não iria polemizar com um investigado. “Ele atacou contra a minha honra e da minha mãe”, limitou-se a dizer, ao ser questionado sobre o fato, reforçando que preferia “não polemizar”.
Em Belo Horizonte para uma palestra na Escola Superior Dom Hélder Câmara, Rodrigo Janot defendeu ainda a ferramenta da delação premiada dizendo que este é um instrumento republicano e que “não se trata de caguete nem X-9”. As declarações foram feitas após aula magna para cerca de 400 alunos.
Ele disse que a delação tem sido muito falada, “mas pouco compreendida”. “Existe todo um imaginário em torno da colaboração premiada. O colaborador da Justiça, ele não é um acaguete, um X-9. Não e o cara que chega. Lá e fala eu vou falar daquele, daquele e daquele. Não. O sujeito reconhece a prática de crime ele não está apontando o dedo pra ninguém”.
Janot reforçou que prefere o termo ‘colaboração premiada’. “O primeiro dedo que ele aponta e pra ele mesmo. Aí ele diz das pessoas que junto com ele também cometam crime. Isso é suficiente para nada. A delação premiada não serve de prova, mas te dá todas as circunstâncias para chegar ao caminho da prova”, afirmou.
O procurador disse também que a Petrobras não cometeu nenhum crime e que a empresa é vítima. “Existe uma conversa estranha, muito esquisita de que a Petrobras ela é autora de crimes. A Petrobras é vítima dessas pessoas. Eu sei perfeitamente onde levará esse discurso de que a Petrobras ela é autora de crimes. E isso dá para vocês perceberem”, afirmou.