Puxada pelo setor de serviços, alta marcou quinto mês seguido com saldo positivo na geração de postos com carteira; março é único mês negativo

CLT
Jana Pêssoa/Setas

Brasil gerou 121,4 mil empregos formais em agosto, tendo melhor resultado no mês desde 2013

O Brasil gerou 121.387 empregos com carteira assinada em agosto deste ano, resultado de 1.382.407 admissões e 1.261.020 desligamentos, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pelo ministério da Economia nesta quarta-feira (25).

Com o resultado obtido em agosto, que desconsidera informações entregues fora do prazo, o País segue sua trajetória de crescimento de empregos formais que vem desde abril de 2019. O único mês com fechamento de vagas com carteira neste ano foi março, em que o saldo foi de 43.196 postos fechados.

O mês de agosto, com 1,382 milhão admissões e 1,261 milhão demissões, registrou o melhor resultado para o período desde 2013, quando foram gerados 127.648 postos formais. No ano passado, o mesmo mês registrou saldo de 110.431 empregos criados.

Confira o saldo de empregos formais de cada mês deste ano:

  • Janeiro – 34.313 vagas abertas;
  • Fevereiro – 173.139 vagas abertas;
  • Março – 43.196 vagas fechadas;
  • Abril – 129.601 vagas abertas;
  • Maio – 32.140 vagas abertas;
  • Junho – 48.436 vagas abertas;
  • Julho – 43.820 vagas abertas; e
  • Agosto – 121.387 vagas abertas.

De janeiro a agosto de 2019, 593.467 novos postos de trabalho foram gerados, com uma variação de 1,55%. No mesmo período do ano passado, houve crescimento de 568.551 empregos, com variação de 1,50%.

No acumulado dos últimos 12 meses, foram criados 530.396 empregos, uma variação de 1,38%. No mesmo período do ano anterior, o saldo foi de 356.852, representando um crescimento de 0,94%.

O resultado de agosto foi puxado em especial pelo setor de serviços , que gerou 61.730 vagas formais, seguido por Comércio (23.626), Indústria de Transformação (19.517), Construção Civil (17.306), Administração Pública (1.391) e Extrativa Mineral (1.235).

Os setores de Agropecuária (-3.341 postos) e Serviços Industriais de Utilidade Pública/SIUP (-77 postos) foram os únicos a fecharem vagas no período.

Dentro do setor de serviços, grande destaque do mês, todos os subsetores tiveram resultados positivos: Ensino (20.153 postos), Comercialização e Administração de Imóveis (17.366), Serviços Médicos, Odontológicos e Veterinários (9.110), Serviços de Alojamento, Alimentação e Reparação (8.187), Transportes e Comunicações (5.239) e Instituições de Crédito, Seguros e Capitalização (1.675).

 

Na modalidade de trabalho intermitente , houve 12.929 admissões e 6.356 desligamentos em agosto, gerando um saldo de 6.573 empregos criados, envolvendo ao todo 3.239 estabelecimentos e 2.830 empresas.

Bruno Dalcolmo, secretário de Trabalho do Ministério da Economia, avalia que “é importante enfatizar que se trata do melhor resultado para o mês de agosto desde 2013. Na condição de indicador antecedente, o Caged sinaliza a recuperação gradativa do emprego e do crescimento econômico , após um primeiro semestre repleto de desafios. Na nossa perspectiva, a Construção Civil é o melhor exemplo da consistência da retomada, com cinco meses consecutivos de saldos positivos de emprego”, afirmou.

Geração de empregos por regiões e estados

Todas as cinco regiões brasileiras apresentaram saldo positivo de empregos em agosto: Sudeste (51.382 postos, variação positiva de 0,25%); Nordeste (34.697, 0,55%); Sul (13.267, 0,18%); Centro-Oeste (11.431, 0,35%) e Norte (10.610, 0,59%).

 

Das 27 Unidades Federativas, 25 tiveram saldo positivo no mês. Os maiores saldos foram registrados em São Paulo (33.298 postos, 0,27% de variação positiva), Rio de Janeiro (11.810, 0,36%) e Pernambuco (10.431, 0,85%).

Veja o quadro completo: