Veja os partidos que decidiram ficar neutros no 2º turno entre Lula e Bolsonaro
MDB e PSDB estão entre as legendas que deixaram os diretórios estaduais livres para se posicionarem
Dos 32 partidos existentes no país, 20 decidiram apoiar um dos candidatos no segundo turno da eleição para presidente — 15 estão com Luiz Inácio Lula da Silva (PT); e cinco com Jair Bolsonaro (PL). As direções nacionais de outras sete legendas optaram, porém, pela neutralidade e liberaram os diretórios estaduais para definirem escolhas — confira abaixo.
E cinco legendas ainda não se posicionaram oficialmente sobre a decisão de seus diretórios nacionais: Patriota, PRTB, PMB, PMN e UP.
Divergência pública no União Brasil
Os partidos que decidiram ficar neutros são o União Brasil, o MDB, o PSDB, o PSD, o Podemos, o Novo e o DC. Com as decisões, há correligionários em lados opostos no segundo turno e algumas divergências públicas.
No caso do União Brasil, a neutralidade foi anunciada pelo presidente do partido, Luciano Bivar, na última quarta-feira (5). “Em um partido tão grande, é natural que haja posições divergentes. Por isso, em respeito à democracia interpartidária, a direção do União Brasil decide liberar seus diretórios e filiados que sigam seus próprios caminhos, com responsabilidade, no segundo turno das eleições presidenciais e estaduais”, disse.
A posição foi contestada publicamente pelo governador reeleito de Goiás, Ronaldo Caiado, no dia seguinte. “O presidente do partido pode ter a opinião dele, mas a maioria deliberou. Em nome da maioria, comunico que marcharemos com o presidente Bolsonaro”, afirmou.
Emedebistas e tucanos dos dois lados
Integrantes do MDB foram para lados diferentes. Enquanto a senadora Simone Tebet (MS), terceira colocada na eleição para presidente, e o governador reeleito do Pará, Helder Barbalho, decidiram apoiar Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o governador reeleito do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, e o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, se aliaram a Jair Bolsonaro (PL).
O mesmo aconteceu no PSDB. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o senador José Serra (SP), além de outras figuras históricas do partido, anunciaram voto em Lula, mas o governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, e o candidato a governador de Mato Grosso do Sul Eduardo Riedel se alinharam a Bolsonaro.
A decisão de Rodrigo Garcia deixou integrantes do governo paulista insatisfeitos — três secretários estaduais pediram demissão da administração paulista. Um dos demissionários foi o ex-presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia (PSDB), que comandava a secretaria de Projetos e Ações Estratégicas.
O PSD é outro partido com integrantes nos dois lados. O prefeito do Rio, Eduardo Paes, e o senador Otto Alencar (BA), entre outros, são aliados do ex-presidente. O governador reeleito do Paraná, Ratinho Júnior, representa o grupo que está com o atual presidente.
Politica JP