A transcrição abaixo, feita pela Polícia Federal e revelada pelo Estadão, do diálogo que Lula teve por telefone com Alexandrino Alencar, quatro dias antes da prisão do executivo da Odebrecht, mostra o petista em sua verdadeira função: a de gerenciador dos comparsas que fazem o trabalho sujo em seu lugar.
Preocupado, Lula verifica se Marcelo Odebrecht e demais palestrantes de um seminário organizado pelo Valor foram convincentes na defesa contra a acusação de que a empreiteira foi beneficiada pelo BNDES graças ao prestígio dele.
Depois, Lula avisa que falou com o seu garoto de recados Delfim Netto, que vai publicar um artigo “dando o cacete” também, como mostrei aqui.
Por fim, Alexandrino avisa ao petista que o pai de Marcelo, Emilio Odebrecht, gostou da nota do Instituto Lula sobre o tema e Lula concorda em alinhar as defesas de ambos.
O número do telefone usado pela pessoa que se identifica como ‘Moraes’ no começo da conversa e passa a ligação para o petista é do próprio Instituto Lula, em São Paulo, segundo o relatório final da PF. A conversa durou 3 minutos e 42 segundos.
Tempo suficiente para confirmar o papel do Brahma