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Blog do Vavá da Luz

UM EXEMPLO : Aos 104 anos, homem comemora vida longa e 80 anos de um casamento cheio de amor

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Seu Eufrásio Cavalcante e Dona Maria Almeida se viram pela primeira vez no dia de casamento e construíram uma família com 16 filhos, 58 netos, 76 bisnetos e 12 tataranetos

A história tinha tudo para não dar tão certo assim, mas ela segue com 80 anos de muito amor. A primeira vez que dona Maria Almeida viu seu Eufrásio Cavalcante ela estava no altar, em 1933, na hora do próprio casamento. Hoje, ela com 95 e ele com 104, fazem tudo juntinho: dormem, acordam, almoçam e rezam sempre um ao lado do outro. Como diria Vinícius de Morais, “não há amor sozinho, é juntinho que ele fica bom”.

Não tem segredo, não. É muito amor mesmo”, diz ela, dando uma risadinha. Foram 26 barrigas, 19 filhos e 16 criados, como gosta de dizer toda prosa a velhinha que mora em São Bento do Una, interior de Pernambuco. Ao longo dos anos, a família cresceu em proporções geométricas, vieram os 58 netos, os 76 bisnetos e os 12 tataranetos.

Os dois gostam tanto do casamento que construíram que já renovaram os votos seis vezes: aos 25, 50, 60, 70,75 e, em setembro do ano passado, quando completaram 80 anos de união. Eles entraram na igreja, acompanhados dos filhos. “Foi um festão. Quero comemorar sempre. Se Deus quiser”, diz ela.

Quem diria que a felicidade de mais de 80 anos viria de um velório? Seu Eufrásio foi a São Bento do Una em 1933, pois uma prima havia morrido. A prima era a mãe de Maria. Logo, seu Eufrásio foi falar com o avô da moça. “Nos casamos em seis meses. Dá para acreditar?”, brinca ela.

Tanto amor assim é mesmo questão de sorte. Já a saúde de ferro dos dois certamente tem relação também com o equilíbrio que o casamento dá aos dois. Em um estudo realizado no ano passado, especialistas do Centro Médico da Universidade Duke, nos Estados Unidos, afirmaram que o casamento pode aumentar a longevidade.

Nem dona Maria, nem seu Eufrásio passaram por alguma complicação de saúde. O único problema é a audição de seu Eufrasio. Ele está surdo, mas isso não vale para o que é dito por dona Maria. Quando ela fala, ele consegue fazer leitura labial.