Conforme eu já anunciei e outros colegas igualmente anunciaram, neste sábado estarei lançando meu novo livro “Acima de Qualquer Suspeita – O lado engraçado dos políticos” em Princesa Isabel, nos salões da AABB, a partir das 19 horas. A festa promete ser muito bonita e concorrida. Daqui de João Pessoa irão comigo os amigos Luis Torres e Célio Alves,respectivamente Secretário e Secretário Executivo da Comunicação Social do Governo. O deputado Aloysio Pereira e seu filho Zé Pereira já estão em Princesa desde ontem. De Natal seguirá Aldo Lopes. Prefeitos e amigos da região confirmaram presenças. Como diz o meu irmão Bibiu, a festa vai arrebentar a boca do balão..
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O livro conta causos engraçados vivenciados por renomados políticos paraibanos, a exemplo de Zé Américo,Ernani Sátyro, João Agripino, Pedro Gondim, Raimundo Asfora,Ronaldo Cunha Lima,Alcides Carneiro, Ruy Carneiro, Marcus Odilon, Edivaldo Motta, Ramalho Leite, Wilson Braga, Severino Cabral, Chico Pereira e outros, muitos outros, incontáveis outros.
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Daqui em diante, vou exibir uma amostra grátis do que o amigo leitor encontrará no livro. Desfrute com gosto, mas o resto só lhe chegará,meu caro, comprando o dito cujo,que custará 40 reais o exemplar.
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RAIMUNDO ASFORA
Asfora metia a ripa em José Fernandes de Lima, que estava no Governo, quando foi aparteado pelo deputado José Pires de Sá:
-Deputado Raymundo Asfora,gostaria de solicitar do nobre colega um tratamento mais doce, mais elegante, tanto com o governador quanto com seus colegas de Assembléia…
-Senhor presidente – retoma Asfora o seu discurso – que doçura se pode esperar de um Pires de Sá?
MARCUS ODILON
Candidato a prefeito de Santa Rita em 1988, Marcus Odilon convocou uma tropa de choque da esquerda para auxiliá-lo. Sua bandeira de campanha era obscurecer a administração do seu antecessor, Severino Maroja, a quem chamava de “Biu Cambão”.
Durante um comício no Alto das Populares, Odilon pediu a Washington Rocha, do time esquerdista, que baixasse a lenha em Maroja.
Rocha, falando bonito e difícil, começou a catilinária:
-Esse prefeito Severino Maroja, meus amigos, não passa de um dilapidador dos cofres públicos”.
Foi interrompido por Marcus Odilon, que aconselhou:
-Doutor, assim não dá. Chame o homem de ladrão que o povo entende. Esse negócio de dilapidador só serve no PT”.
SEVERINO CABRAL
Uma tarde, no Rio,Seu Cabral andava pela avenida Rio Branco. Resolvendo passar para o outro lado, meteu-se na frente dos carros, fora do sinal. O guarda gritou :
– Cidadão, não pode ir por aí. É proibido atravessar em diagonal.
Severino Cabral voltou :
– Você não conhece roupa não, ignorante ? Isto não é “diagonal”. É “tropical maracanã”.
Atravessou em diagonal e tropical.
WILSON BRAGA
Quando Nominando Diniz era presidente da Assembléia e Ramalho Leite primeiro secretário, ficou decidido que cada deputado estadual teria direito a uma passagem de avião por mês, para ir e voltar de Brasília a serviço de suas bases. Wilson Braga era deputado federal e sua esposa, Lucia, ocupava uma cadeira de estadual na Paraíba.
Certo dia, Ramalho se encontrou com Braga no Distrito Federal e este se queixou:
-Eu quero saber o que Nominando tem contra mim…
– Nada, Wilson. Ele lhe tem muita estima! Respondeu Ramalho.
Mas Braga contestou: – Não acredito ! Como é que ele me tem essa estima toda e dá uma passagem para Lucia vir todo mês a Brasília me aperrear?
JOÃO AGRIPINO
Duas mulheres, ambas gestantes, procuraram o governador João Agripino para denunciar que o responsável por aquilo tudo era um soldado integrante do Corpo da Guarda do Palácio da Redenção. Queixosas, queriam que o governador punisse o sedutor ou fizesse com que ele casasse com uma delas.
-Mas que nada! Tragam o homem imediatamente, que quero condecorá-lo -, disse o governador.
JOSÉ AMÉRICO
O ministro José Américo de Almeida foi participar de algumas solenidades de inauguração no município de Antenor Navarro. A cidade inteira preparou-se para recebê-lo. Ruas com bandeirolas, a banda de música tocando, e o povo cercando o governador, sem deixá-lo andar. O prefeito Alexandre ficou impaciente, e lembrou:
-Governador, está na hora de inaugurar o sumitério.
-Não é sumitério, Alexandre. Diga cemitério – alertou o ministro.
-Isso é pro sinhô que istudô em suminário.
RONALDO CUNHA LIMA
Numa inauguração em Campina Grande, no momento do hasteamento das bandeiras, Ronaldo, como governador, iria hastear a bandeira do Brasil e Cássio, como prefeito, hastearia a bandeira da Paraíba. A banda de música começou a executar o Hino Nacional e Cássio rapidamente começou a hastear a bandeira da Paraíba, antes do pavilhão nacional. A moça do cerimonial correu até onde estava o governador e cochichou no seu ouvido:
-O senhor tem que levantar primeiro do que Cássio.
E Ronaldo, também cochichando:
-Tá difícil, minha filha, mas se você me ajudar, a gente tenta.
ERNANI SÁTYRO
Ernani Sátyro almoçou na casa de um compadre e correligionário na zona rural de Patos. O afilhado, de 10 anos, menino sabido, treteiro, puxador de conversa, encantou o ministro, que depois do almoço, ao se despedir, recomendou ao compadre:
-Cuide bem do meu afilhado, ta ouvindo?
E o compadre:
-Vou dar ele ao senhor para o senhor criar, pois como já mostrou que não vai ser muita coisa na vida, com o senhor pelo menos poderá ser um político.
CHICO PEREIRA
Seu Chico estava no palanque, um dia, quando surpreendeu a assessoria da campanha com uma afirmação inusitada: “Aqui em Pombal, eu e Paulo Pereira formamos um trio…”. O estudante Vicente Cassimiro, pressuroso, soprou, corrigindo:
“É dupla, Seu Chico. Trio são três”.
Respondeu o deputado:
“Que besteira! Trem não anda em trio e não é dois?”.
PEDRO GONDIM
Cumprindo mandato de deputado federal em Brasília, Pedro Gondim chegou da Paraíba e foi direto para o seu apartamento. Entrou e anunciou festivamente para a empregada que o servia desde muito tempo:
-Da Luz, Da Luz, trouxe carne de sol para você preparar com aquela macaxeira que veio da Paraíba.
E prosseguiu, adentrando à sala de jantar:
-Cadê Da Luz?
As pessoas que estavam jantando interromperam a refeição e ficaram olhando pra Doutor Pedro sem entender nada.
O deputado entrara no apartamento errado.
ALCIDES CARNEIRO
O ministro Alcides Carneiro foi assistir a um filme de suspense. Na saída, quase caiu com o esbarrão de um sujeito apressado para entrar no cinema. O ministro reagiu com bons modos:
– Não precisa pressa. A outra sessão ainda não começou.
– E daí? Não lhe perguntei. Não pedi desculpas, nem vou pedir.
Restou a Carneiro reagir à malcriação com a vingança suprema:
– Ah, é? Pois então fique sabendo, logo agora, que o criminoso do filme só aparece no último minuto. É o primo do mocinho.
Revelado o enigma do filme, o mal-educado deu meia-volta e foi embora.
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O livro tem 200 páginas. O resto você verá mais tarde, quando adquiri-lo.