Em entrevista, presidente voltou a defender um país mais liberal e criticou a Justiça do Trabalho, que, segundo ele, causa entraves aos brasileiros

Jair Bolsonaro quer o fim da Justiça do Trabalho
Alan Santos/PR

Jair Bolsonaro quer o fim da Justiça do Trabalho

O presidente Jair Bolsonaro voltou a defender a posse de armas pelos brasileiros em entrevista ao SBT nesta quinta-feira (3). Entre diversos assuntos, o político falou sobre a existência do socialismo no País e negou que seu governo crie uma nova CPMF, apesar de se dizer a favor de um imposto único.

Indagado sobre nunca ter existido socialismo no Brasil, Jair Bolsonaro riu e afirmou que se não fosse as ações das Forças Armadas, o país já teria entrado em um regime parecido ao de Cuba.

“Só não existiu socialismo no Brasil graças às Forças Armadas. Em 1922 tentaram aplicar o socialismo, em 1964 a mesma coisa. O Brizola pregava uma nova Assembleia Constituinte, imagine o que iria ser? Essas questões de socialismo acontecem devagar, não é de um dia para outro, mas acontecem”, defendeu o presidente.

Bolsonaro também criticou o governo PT na relação patrão e funcionário Segundo ele, a reforma trabalhista criada no governo Michel Temer não será alterada, mas algumas questões da área precisam ser modificadas.

 

O presidente defendeu o fim da Justiça do Trabalho, o que, segundo ele, só causa entraves ao trabalhador e ao empregador.

“Está sendo estudado o fim da Justiça do Trabalho. Veja, ela não existe em nenhum outro país e gera muitos entraves não só para o empregador, mas para o trabalhador também. Ninguém quer ficar desempregado, temos que solucionar isso”, afirmou.

Jair Bolsonaro volta a defender a posse de armas

Jair Bolsonaro voltou a defender a posse de armas
Marcos Corrêa/PR – 1.1.19

Jair Bolsonaro voltou a defender a posse de armas

Na mesma entrevista, Bolsonaro voltou a dizer que, por meio de decretos, vai permitir que os brasileiros possam comprar armas e munições quando quiserem. De acordo com o presidente, será atendido um pedido da maioria da população.

“Isso é uma vontade da população que foi aprovada no referendo de 2005. O problema é que veio um decreto que exige uma série de circunstâncias para que a compra possa ser feita, o que causa dificuldades e praticamente restringe o acesso. Vamos mudar isso”.

Na visão de Bolsonaro, a posse de arma pode ajudar na diminuição da violência nas residências brasileiras.

“Quem mora na cidade vai estar protegido. A mulher que é violentada dentro de casa, agora vai poder se defender. O homem do campo vai ter direito também a posse de arma. Pode ter certeza que a violência cai assustadoramente no Brasil”, garantiu.