Durante a década de 1950, a situação desfavorável no campo levaria a formas de resistência, como a busca da extensão da legislação trabalhista ao campo. Portanto, diversas formas de resistência começariam a surgir para conquistar novos direitos para os agricultores e combater a exploração contra o trabalhador do campo, como os sindicatos rurais. No caso de Ingá, seu Sindicato de Trabalhadores Rurais começa “a ser organizado em 1959, mas […] só se legalizou alguns anos depois, lá pelos idos de 1963” (SORRENTINO et al., 1993, p. 62). Tal sindicato, podemos supor que surgiu pela situação dos trabalhadores em meio ao contexto em que se encontrava o município em meados da década de 1950, momento que houve uma crise para com o algodão da Paraíba, principal produto econômico do município. Dito isso, devemos tomar o referido sindicato como símbolo de resistência e da continuação da luta desses trabalhadores do campo que sofriam com os ditames dos “coronéis”, sem direitos trabalhistas e ainda tendo de sobreviver em meio a uma crise agrícola.
LIRA NETO, J. B. A política de modernização da produção algodoeira na Paraíba.