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Blog do Vavá da Luz

Senadores da Paraíba evitam opinar sobre indicação de filho de Bolsonaro para embaixada

 

Senadores da Paraíba evitam opinar sobre indicação de filho de Bolsonaro para embaixada

Só um dos três senadores da Paraíba tem opinião formada sobre a possibilidade de indicação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), para a embaixada brasileira em Washington, nos Estados Unidos. A ideia tem sido defendida pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL). Veneziano Vital do Rêgo, do PSB, é contra. Ele disse ser um “despropósito e um desrespeito com a carreira diplomática e a todos que se preparam para a diplomacia.

Os outros dois senadores paraibanos, Daniella Ribeiro (PP) e José Maranhão (MDB) evitaram se posicionar sobre o assunto. Ambos disseram que só vão se manifestar se Eduardo for de fato indicado e a matéria chegar para a apreciação do Senado.

Enquanto isso, senadores de diferentes partidos querem “constranger politicamente” a indicação do filho de Bolsonaro para a embaixada e toma corpo um movimento para que os senadores abram seus votos, no microfone, e exponham sua posição caso efetivamente o nome de Eduardo seja submetido ao Senado.

De acordo com a Constituição Federal, a votação para escolha de embaixadores é secreta. O artigo 52 diz que compete ao Senado “aprovar previamente, por voto secreto, após arguição em sessão secreta, a escolha dos chefes de missão diplomática de caráter permanente”.

Sobre a polêmica, a Associação dos Diplomatas Brasileiros emitiu uma nota pública que pode ser conferida abaixo:

“A Associação dos Diplomatas Brasileiros (ADB) recorda que, atualmente, mais de 1.500 diplomatas representam o País e defendem os interesses nacionais nas embaixadas, consulados e delegações junto a organismos internacionais, além de trabalharem em diversos órgãos do governo federal — inclusive na Presidência da República -, nos quais se encontram, hoje, mais de sessenta diplomatas cedidos.

Os diplomatas atuam em questões fundamentais nas áreas cultural, ambiental, econômica, comercial, proteção e defesa dos direitos humanos, cooperação, paz e segurança internacionais, dentre outras.

Iniciamos a carreira com uma formação ampla e consistente, por meio de um dos concursos mais rigorosos da administração pública, proporcional às exigências da atuação que precisamos ter dentro e fora do País.

Embora ciente das prerrogativas presidenciais na nomeação de seus representantes diplomáticos, a ADB recorda que os quadros do Itamaraty contam com profissionais de excelência, altamente qualificados para assumir quaisquer embaixadas no exterior.

Há mais de 100 anos os diplomatas brasileiros têm a construção da imagem e do desenvolvimento do País como seu objetivo maior, pelo qual norteiam, todos os dias, o seu desempenho. Esse é o papel para o qual foram e continuam sendo diligentemente treinados e preparados.

Associação dos Diplomatas do Brasil”