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Blog do Vavá da Luz

Ricardo coloca em xeque as delações da Calvário e se diz arrependido por escolher João

Ricardo coloca em xeque as delações da Calvário e se diz arrependido por escolher João

Ricardo coloca em xeque as delações da Calvário e se diz arrependido por escolher João

O ex-governador Ricardo Coutinho (PSB) está concedendo, nesta sexta-feira (13), sua primeira entrevista após sua prisão na 7ª fase da Operação Calvário, ocorrida em dezembro do ano passado. A entrevista é dada ao radialista Antônio Malvino na Rádio Sanhauá, em João Pessoa.

Durante a sabatina, Ricardo colocou em xeque as delações feitas no decorrer da investigação do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Estado (MPPB).

“Delação em lugar nenhum serve como prova de nada, quem está preso faz qualquer coisa pra sair. É preciso ter muito cuidado com isso. Cadê as provas? [Sobre a delação de Livânia Farias]. A pessoa estar presa por si só é uma tortura. Não tenho a menor dúvida que os depoimentos que ouvi são induzidos, porque se não falasse sobre mim não sairia da prisão”, declarou.

Ele questionou, também, a forma como o MPPB tem conduzido as investigações que envolvem a chamada Organização Criminosa (Orcrim) que teria desviado cerca de R$ 134 milhões das áreas da saúde e da educação na Paraíba.

“Fiquei calado porque eu queria que o MPPB e a Justiça não tomassem qualquer pronunciamento meu como tentativa de obstruí-los e tinha companheiros presos foram presos cujo crime foi governar pra maioria. Passaram dois meses e meio presos e não foram interrogados. Se eu prendo alguém pra aprofundar as investigações era pra interrogar”, questionou.

Arrependimento com escolha de João

Ricardo Coutinho partiu para o ataque ao governador João Azevêdo. “Estou arrependido totalmente. Além da escolha, tem a questão do caráter. Li a denúncia da prisão contra mim e encontrei as digitais do atual governo. Eu sei e ele sabe. Encontrei afirmação de que eu teria imposto o nome de Cláudia Veras para a secretaria. É mentira!”, completou.

Ricardo diz ser vítima de plano nacional

O ex-governador questionou a operação e insinuou que tem sido vítima de um plano nacional por ter apoiado os ex-presidentes Lula e Dilma. “Daniel, daqui a alguns anos quando essa história for contada de verdade, vão saber que isso foi preparado alguns anos atrás, em 2015 e 2016. Isso foi preparado para algumas pessoas e o alvo era eu, porque lutei contra o impeachment, porque tenho posicionamento, porque fui visitar Lula duas vezes em Curitiba e trouxe Dilma aqui no Espaço Cultural grande manifestação”, falou.

As gravações de Daniel Gomes

Segundo Ricardo, as gravações feitas pelo empresário Daniel Gomes com conversas suas foram distorcidas. “São três gravações comigo. Uma diz respeito a uma oferta de ajuda em 2018 e nem candidato eu fui. Eu disse que procurasse quem pudesse recepcionar isso porque era ajuda para campanha. Nunca ninguém me deu um centavo e nem vai me dar. A sociedade do Lifesa, que é falsa. Sobre mesada: é mentira total! É absurdo! Eu lá tenho mesada? Sou um cara correto. É mentira quando dizem que fui pra o carnaval, nunca fui, diz que fui pra Búzios e não conheço Búzios”, disse.

“Eu não tenho nada haver com isso. Faça o que precisa ser feito e pode dizer a verdade. Um delator não iria me procurar com um maço de papel ao lado para poder dizer esse monte de coisa se não tivesse sido autorizado ou mandado a sua ida por alguém superior. Por que o Ministério Público não me chama? Só defesa escrita. Eu quero que me perguntem sobre os detalhes e ter oportunidade de falar e esclarecer. Não tive a oportunidade lá e estou aqui, esclarecendo”.

Dossiês contra conselheiros do TCE

“É uma farsa. Fui acusado de ser o mandante e que teria havido uma reunião entre eu e os conselheiros para fazer chantagem. Nunca fiz isso!”.

Fraude no Processo Seletivo do Hospital Metropolitano

“Recebi informações de que o Ministério Público estava questionando o edital e mandei fazer outro edital. Não tem essa história. O processo foi feito sob os cuidados do Ministério e do TCE e não é governador quem faz seleção pública, são as secretarias quem faz compra são as pessoas das secretarias”.

 

Por Fonte83 – 13/03/2020