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Blog do Vavá da Luz

Quem não tem dinheiro conta historia. (por vavadaluz)

Imagem meramente ilustrativa

Quem não tem dinheiro conta historia.

O Cangaceiro Zé Luiz era famoso por seus atos sanguinários de covardia estampada, perverso, gostava de estuprar donzelas de famílias pobres, um terror.

Certa feita o Senhor Nezim da Luz que tinha duas propriedades , a Casa Grande e Senzala e a Pedra Lavrada,  ao se deslocar de uma pra outra como fazia rotineiramente deparou-se com um NEGRO alto  esguio, fedorento, com um saco nas costas.

Sem contar conversa bradou : Vai pra onde Negro? Venha dá um banho no meu cavalo ! no que o negro obedeceu sem reclamações.

Após o banho, o velho Nezin não gostou e quis com o cabresto bater no lombo do Negrão.

Ontonce o negro disse : Seu Nezim, ao invés do senhor me bater, me empreste um conto de réis que eu lhe pago nos exatos trinta dias a partir do empréstimo.

Seu Nezim que gostava de atitudes, de pessoas corajosas, ficou matutando e pimba ! emprestou o conto de réis ao estranho.

Paga pelo menos o banho do cavalo, pensava o velho fazendeiro.

Pois bem,  passados os exatos trinta dias,  aparece na Pedra Lavrada o Negão de volta, paga o conto de réis a seu Nezim e diz :

Seu Nezim !, quem ta lhe pagando é o NEGO ZÉ LUIS viu?   obrigado por três coisas, pelo empréstimo, por não ter me batido e por eu não ter lhe matado.

Seu Nezim que como todo cidadão tinha CU e quem tem, tem medo, balbuciou > Não há de que camarada, precisando viu?

Pois bem esse cangaceiro foi morto lá pras bandas do surrão, por uma família tradicional Ingaense de homens valentes.

Para assumir a morte foi chamado o Coronel João Faustino da Policia Militar da Paraiba que tinha vínculos familiares aqui na terrinha.

Dizem as más e boas línguas que atravessaram o defunto no lombo de uma Mula para fazer o traslado Surrão/Ingá e um dos filhos do fazendeiro autor do homicídio, vez por outra dava uma chibatada nas costas do defunto e gritava : Vem agora safado ! eu tô aqui vem !

O velho patriarca vendo aquela cena horripilante por que não dizer covarde, foi ao encontro do seu rebento e disse : Ei Cabra ! isso não e faz com um morto.

No que o filho respondeu acompanhado de mais uma chibatada : Ele vivo eu não tinha coragem de fazer, portanto…