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Blog do Vavá da Luz

Quando a sociedade se cala, a impunidade ganha voz, Quem mandou matar Bruno Ernesto?

“No beco escuro explode a violência

Eu tava preparado

Descobri mil maneiras de dizer o teu nome

Com amor, ódio, urgência

Ou como se não fosse nada

No beco escuro explode a violência

Eu tava acordado

Ruinas de igrejas, seitas sem nome

Paixão, insônia, doença, liberdade vigiada” 

 

Quem mandou matar Bruno Ernesto? 

Foi no dia 7 de fevereiro de 2012. Um crime bárbaro que vitimou o jovem Bruno Ernesto Morais, 31 anos, diretor de tecnologia da Prefeitura de João Pessoa. O crime chocou toda população de João Pessoa. Sequestrado e na sequencia foi executado na beira de uma riacho na saída para Recife.

Antes de qualquer coisa, assista ao vídeo abaixo e entenda que quem matou e participou do crime, afirma que o crime foi encomendado. Houve tocaia. Até hoje ninguém esclareceu tudo isso.

 A polêmica até hoje vitimou o jovem Bruno, tornou-se estatística policial, assim como o crime da jovem Rebeca de Mangabeira e do radialista Ivanildo Viana. Vivemos no “estado de impunidade”, onde cada crime, cada roubo, cada escândalo é apagado por outro maior. 

Estamos preparados para tanta violência sim. Aqui se mata 20 e nada nos choca mais. Aqui se rouba bastante e como prêmio, elegemos os ladrões. Neste caso da morte do Bruno, nos remete ao Escândalo do Jampa Digital, que envolve o atual governador Ricardo Coutinho, o ex-ministro Aguinaldo Ribeiro e o deputado federal Rômulo Gouveia

 

O procurador regional da República Domingos Sávio Tenório de Amorim, que analisou o inquérito feito pela Polícia Federal na Paraíba e denunciou evidências de desvio de verbas públicas federais na implantação do projeto Jampa Digital.

 

Durante uma entrevista, o radialista Denis Coelho instigou o Domingos com a seguinte pergunta: O MPF a princípio, só ver indícios contra o atual ministro Aguinaldo Ribeiro? “Não. A gente entendeu que há indícios também da possibilidade de participação do atual governador (Ricardo Coutinho)”, afirmou o procurador regional da República Domingos Sávio Tenório de Amorim.

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O Ministério Público Federal (MPF), por meio da Procuradoria Regional da República da 5.ª Região, encaminhou ao Tribunal Regional Federal pedido de aprofundamento no inquérito policial referente ao caso “Jampa Digital”, para investigar Ricardo Coutinho.

 

“Como se percebe dos autos, o Sr. RICARDO COUTINHO era o Prefeito Municipal da época, do mesmo modo como terminou como o grande beneficiário da maior parte dos recursos desviados, utilizados que foram na sua vitoriosa campanha ao cargo de Governador do Estado da Paraíba.

 

A propósito, dificilmente um Secretário Municipal tomaria a decisão de desviar um quantitativo de recursos no valor daquele ocorrido no caso concreto, para fins de 7IPL nº 0095/2012, Tombo 2012 Petição nº 11934/2013 campanha eleitoral, sem o sinal verde daquele que o nomeou, sendo mais fácil, inclusive, imaginar que o próprio detentor do cargo hierarquicamente inferior foi instado à sua obtenção por quem o nomeou, pois é o que comumente ocorre.

 

Reforça a grande possibilidade da participação do Prefeito Municipal, hoje Governador, no caso, o fato de que o atual Vice-Governador, RÔMULO GOUVEIA, negou qualquer ingerência sua na contratação do publicitário DUDA MENDONÇA, o que significa dizer que foi uma decisão de RICARDO COUTINHO.

 Por outro lado, não dá para imaginar que o candidato não tenha noção de onde vêm os recursos para sua campanha, mesmo porque ninguém se aventura em uma candidatura dessa natureza sem que tenha um respaldo financeiro certo. Por outro lado, não dá para imaginar que alguém controle o pessoal da política, pois, e isso é o que normalmente acontece, o máximo que junto a ele se exerce é uma função de assessoria. Não há dúvidas de que controlam, ainda que algumas vezes queiram passar a ideia de que cometeram atos compatíveis com alguém que pode ser adjetivado de imbecil.

Desse modo, não fosse a existência de indícios contra autoridade com foro por prerrogativa de função no Supremo Tribunal Federal, o foro competente seria o Superior Tribunal de Justiça”.

O caso voltou às manchetes nesta sexta-feira após a jornalista Pamela Bório postar em seu Instagram o seguinte comentário: “Quando a sociedade se cala, a impunidade ganha voz, vide o caso de Bruno Ernesto do Jampa Digital”. E ainda comentou enigmaticamente “A verdade tarda mais não falha”.

Quem mandou matar Bruno Ernesto?

Por Clilson júnior/VAVADALUZ