Proposta ‘Nome Limpo’ de Ciro Gomes fala em guerra contra bancos e apoio as fintechs
(G1, Brasília). O candidato do PDT à presidente, Ciro Gomes, em campanha nesta manhã de domingo, 26, em São Paulo, reafirmou seu projeto para ajudar os brasileiros que estão com o ‘nome sujo’, a quitar seus débitos e limpar o nome junto ao SPC – Serviço de Proteção ao Crédito. A proposta, que agora tem nome, foi batizada de ‘Nome Limpo”. O presidenciável fez a afirmação durante sua passagem por uma feira popular em Itaquera, zona leste de São Paulo. nome-limpo-proposta-do-candidato-ciro-gomes-guerra-contra-bancos
Como divulgado amplamente pelo candidato e pela imprensa, uma das principais propostas de campanha do presidenciável seria a quitação dos débitos de milhões de consumidores com o nome sujo, incluído nos cadastros do Serviço de Proteção ao Crédito e outros. Nas contas do candidato, atualmente existem cerca de 63 milhões de pessoas com restrição de crédito, o que corresponderia a 30% da população brasileira.
Na avaliação de Ciro, o Brasil está perdendo renda em razão das pessoas que estão na informalidade, provocada pelo desemprego
A proposta, já batizada de “Nome Limpo”, reforça a promessa de tirar o nome do cidadão dos cadastros, por meio de feirões de renegociação de dívidas mais flexíveis do que as já existentes, e, vem ainda com a proposta de colocar os bancos “que pertencem ao povo brasileiro” na disputa mais direta pelo cliente propondo taxas de juros menores e produtos de menores custos.
“Não se trata de dar dinheiro, trata-se de refinanciar depois de um grande desconto ajudado pelo governo federal. O projeto está pronto e se chama Nome Limpo. O brasileiro pode contar com isso: eu vou limpar o nome do brasileiro do SPC”, prometeu o candidato durante sua visita à feira popular.
Guerra contra os bancos e apoio as fintechs
Ciro voltou a se manifestar de forma crítica contra o setor bancário e prometendo acabar com o que chama de “cartel dos bancos”. “Eu vou quebrar o cartel dos bancos, mas quebrar pesadamente a partir do primeiro dia”, disse em meio à visita.
O candidato tem usado seus discursos de campanha para tecer críticas o setor, que chamou de imoral e com pouca concorrência no Brasil e afirmou:
“Para reduzir as taxas de juros e acabar com essa imoralidade que está destruindo a economia brasileira e humilhando e família brasileira, nós temos que agravar a competição“
Em relação aos que ele chama de banco do povo, ele ponderou: “Agravar a competição significa imediatamente tirar o Banco do Brasil e a Caixa Econômica, bancos que pertencem ao povo brasileiro, para, ao invés deles ficarem no jantar se combinando, vir para a rua e lutar e disputar o cliente com a taxa de juros menor e com produtos de menor custo de tarifa”.
‘Fintechs’ podem ter apoio de Ciro para aumentar a concorrência
Em relação as fintechs, que como financeiras ou bancos digitais, reconhecidas por não cobrarem taxas dos clientes, o candidato falou em regulamentação. Sem dar mais detalhes, Ciro apenas citou que “esse tipo de serviço tem potencial para aumentar a competição no setor”.
Propostas de Ciro tem sido taxadas de ‘populistas’
O candidato também voltou a falar das críticas que vem sofrendo pelas propostas, taxado de ‘populista, ele alfinetou as pessoas que têm criticado sua proposta de limpar o nome dos brasileiros com a quitação dos débitos. Ele disse que só fica contra esse projeto, “quem tem horror a povo” e “Tudo que é para pobre no Brasil, botam defeito”.
O presidenciável ainda lembrou que o Brasil dispensou mais de R$ 300 bilhões nos projetos de “Refis” com ricos, que é o refinanciamento de dívidas de contribuintes empresariais com o estado.
“O cidadão isolado já consegue 80% de desconto [em cima da dívida], mas morre porque tem que pagar os 20% restantes à vista. Eu vou colocar o prestígio e a força do governo para fazer uma grande negociação de atacado com o crediarista”, complementou.
Acompanhado pela imprensa, Ciro Gomes chegou à feira paulistana por volta as 10h30m e tomou suco de cana, porém não comeu pastel, segundo o presidenciável, isso é “coisa de demagogo”. “Eu só como pastel fora de campanha, que eu adoro”, enfatizou
A folha hoje