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Primeira-dama do Estado inicia visitas técnicas a artesãos que trabalham com papel, homenageados do 39° Salão do Artesanato Paraibano

 

A primeira-dama do Estado e presidente de Honra do Programa do Artesanato Paraibano (PAP), Ana Maria Lins, iniciou, na manhã desta segunda-feira (23), uma série de visitas aos artesãos que desenvolvem as técnicas de papel machê e papietagem, os quais serão homenageados na 39ª edição do Salão do Artesanato, que terá como tema “Arte em Papel”. 
 
Discutir com os próprios artesãos os detalhes da homenagem e saber suas necessidades para aprimorar o trabalho que eles fazem são alguns dos objetivos das visitas técnicas. O Salão do Artesanato Paraibano será realizado, em parceria com o Sebrae, de 10 de janeiro a 2 de fevereiro do próximo ano, na orla marítima da Capital, no estacionamento do Hotel Tambaú, mesmo endereço do ano passado. 
 
A primeira visita de Ana Maria Lins, acompanhada por auxiliares do Governo do Estado, foi ao artesão Babá Santana, no Bairro Mangabeira 4, em João Pessoa, ocasião em que conheceu o trabalho do artista que há mais de 40 anos se dedica ao artesanato. Logo em seguida, a primeira-dama foi até a casa do artesão Adriano Oliveira, desta vez em Mangabeira 2. Por fim, ela conheceu o trabalho do artesão Carlos Apolônio, no Bairro José Américo. 
 
A homenagem aos artesãos que trabalham com as técnicas de papel machê e papietagem foi idealizada por Ana Maria Lins, inspiração que nasceu de uma visita técnica que a primeira-dama fez ao México. “O México é uma referência no artesanato, que tem cores vibrantes e também usa o papel como matéria-prima. Foi daí que nasceu a ideia da homenagem aos artesãos que trabalham com o papel aqui no nosso Estado. Levei a sugestão até o governador João Azevêdo, que ficou muito feliz com a ideia. É uma homenagem muito importante, já que a Paraíba preserva essa arte através de oito artesãos”, observou, destacando o caráter inédito das homenagens — a gestão tem priorizado tipologias que nunca foram homenageadas.
 
“São poucos os artesãos que se dedicam ao papel machê e também à papietagem. E essa homenagem vem como uma forma de incentivo. Por isso, essas visitas técnicas que estamos fazendo são muito importantes, onde temos a oportunidade de ouvi-los sobre a forma que gostariam de ser homenageados, conhecer o seu trabalho e, principalmente, saber o que o Governo do Estado pode fazer para melhorar as condições de trabalho deles”, ressaltou Ana Maria Lins.
 
Para a segunda-dama Camila Mariz, que também acompanhou as visitas, a homenagem aos artesãos que trabalham com técnicas em papel vem ao encontro da gestão do governador João Azevêdo. “Como a primeira-dama sempre fala, o governador João Azevêdo, e esse também é o sentimento do vice-governador Lucas Ribeiro, se a gente transformar a vida de uma pessoa, já estamos cumprindo nossa missão. Então, homenagear nossos artistas que trabalham com o papel é fruto da sensibilidade e do entendimento que não é apenas quantidade, mas a qualidade do que se entrega, o envolvimento do artesão e da artesã com aquela peça”, afirmou.
 
A gestora do PAP, Marielza Rodriguez, destacou que as visitas técnicas aos artesãos homenageados representam uma etapa muito importante na realização do Salão do Artesanato. “Essa homenagem é feita ouvindo a opinião dos próprios artesãos, seguindo a orientação da nossa presidente de Honra e também do governador João Azevêdo. E é um momento muito rico, que ajuda a toda a equipe do Programa do Artesanato Paraibano a executar da melhor maneira possível toda a concepção do projeto. Com isso, ganham os artesãos e também o público que vai prestigiar o nosso artesanato”, destacou durante a visita, da qual participou também a coordenadora de Capacitação do PAP, Yara Alencar. 
 
O artesanato paraibano é reconhecido como de Excelência pela Unesco, dada a sua capacidade de se modernizar sem deixar de lado a genuinidade e a sustentabilidade. A escolha do papel como tema do 39° Salão do Artesanato vem coroar todo esse processo — já que a matéria-prima tem grande importância para o meio ambiente e para o artesanato em si.
 
Os homenageados também estão participando de uma oficina criativa com o designer Sérgio Matos — trabalho que resultará em peças que vão compor a decoração temática, mais uma homenagem dentro do Salão do Artesanato, já que a Capital paraibana terá partes do seu Centro Histórico retratadas nas obras. 
 
Perfil dos homenageados — Nascido em Santa Luzia, no Sertão paraibano, Manoel Iremar Santana ganhou da irmã o apelido carinhoso de Babá, que se fortaleceu no ofício de artesão. O filho de uma dona de casa e de um agricultor virou Babá Santana e encontrou no papel uma forma de levar alegria ao coração das pessoas — daí o gosto e o zelo pela confecção de palhaços.
 
A felicidade por ser um dos homenageados do 39° Salão do Artesanato Paraibano é tanta que, em vários momentos, o criador de peças que mais simbolizam a alegria foi às lágrimas. “Essa homenagem, aqui no meu Estado, é a maior alegria da minha vida, é o maior reconhecimento. Eu não esperava isso nunca na minha vida, porque são poucas pessoas que fazem essa técnica, é um número muito pequeno. E o Salão do Artesanato é uma imensidão de gente, uma enorme estrutura, que vai ser colocada para nos dar visibilidade. Hoje eu entendo o que o governador quer dizer quando diz que olha por todos os segmentos. Eu amo o Programa do Artesanato e me sinto muito feliz com essa homenagem”, externou.
 
Adriano Oliveira trabalha desde os 14 anos no artesanato, ofício que aprendeu com o mestre Babá Santana. Um dos homenageados, ele também ressaltou o sentimento de felicidade. “Quando recebi a notícia, fiquei entusiasmado, principalmente porque fazia tempo que eu não participava de nenhum Salão. Essa homenagem é também um resgate, já que fiquei cheio de expectativas com essa volta. Agradeço demais essa oportunidade”, disse.
 
Já Carlos Apolônio começou a se dedicar à arte em papel há quase 30 anos. A consciência ambiental do artista é a fonte de inspiração para a criação de centenas de peças, as mais diversas possíveis. No ateliê dele, no José Américo, é possível encontrar sofás, cadeiras, esculturas, puffs… tudo feito a partir do papel.
 
“Eu acredito que essa homenagem que nós vamos receber é um estímulo para que a gente continue se dedicando a essa arte, à arte do papel. Por trás de cada peça, é menos papel e outros materiais jogados no meio ambiente. Quero agradecer demais essa homenagem”, concluiu Carlos Apolônio, nascido em Esperança, mas com raízes fortes em Olivedos, ambos os municípios no Agreste paraibano.

SECOM PB