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Presidente do TCE-PB diz que combate à expansão de servidores temporários é o grande desafio para 2024

O conselheiro Nominando Diniz ainda surpreendeu todos com a revelação de que o TCE vai passar a exigir a certificação da capacidade de gestão previdenciária daqueles que venham ser nomeados.

Os participantes do 11º Congresso Brasileiro de Conselheiros de Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS) ouviram do conselheiro Nominando Diniz que o combate às contratações de servidores por excepcional interesse público é o grande desafio a ser enfrentado em 2024 pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), órgão que preside.

Convidado para a palestra inaugural do evento que reúne 1,2 mil participantes no Centro de Convenções de João Pessoa, ele falou, na noite desta quarta-feira (29), do chamamento aos Ministérios Públicos Comum, Federal, de Contas e do Trabalho para a discussão e o enfrentamento conjunto do problema.  “A contratação em demasia de servidores temporários mata o Sistema de Previdência”, expôs, ali, na ocasião. E indagou: “Quem vai custear as futuras aposentadorias?”.

À numerosa plateia ele também disse que a questão se agrava com a “pejotização” no setor público, ou seja, com a ampliação dos contratos de pessoas instadas a se transformar em Microempresários Individuais (MEI). Afirmou, então, que o TCE já desenvolveu ferramentas capazes de identificar a terceirização e, até, a quarteirização nessas relações de trabalho. “Descobrimos as trilhas e as pessoas”, contou.

CERTIFICAÇÃO – O conselheiro Nominando Diniz ainda surpreendeu todos com a revelação de que o TCE vai passar a exigir a certificação da capacidade de gestão previdenciária daqueles que venham ser nomeados na Paraíba para a condução de Institutos Próprios de Previdência. Este foi um dos momentos de forte interação com a plateia de quem recebeu aplausos sucessivos. O outro foi quando defendeu a prevalência do concurso público para os quadros de pessoal dos Estados e Municípios.

Os participantes do Congresso tomaram conhecimento das ferramentas eletrônicas dispostas à consulta da população a partir da criação e aprimoramento do Sistema de Acompanhamento da Gestão dos Recursos da Sociedade (Sagres).

A má gestão previdenciária como fator de reprovação das contas públicas, a celeridade processual, o acompanhamento em tempo real dos atos e gastos de governo e, não menos, a emissão de alertas a tempo da correção dos problemas foram providências por ele apontadas como ações do Tribunal de Contas benéficas aos Institutos de Previdência e à sociedade. “Apenas dois Estados, a Paraíba e o Tocantins, emitem esses alertas aos organismos sob suas jurisdições. E tudo começou aqui”, observou.

O governador João Azevedo deu as boas-vindas aos 1,2 mil participantes do 11º Congresso Brasileiro de Conselheiros de RRPS’s. Pediu que todos se sentissem em casa e falou da Paraíba como um Estado com suas contas bem ajustadas e ambiente propício aos grandes investimentos. João Pessoa, disse ele, emerge como polo de tecnologia. O presidente da Associação Brasileira de Instituições de Previdência Estaduais e Municipais (Abipem), João Carlos Figueiredo, agradeceu aos anfitriões pela acolhida. Os trabalhos prosseguem com palestras sucessivas nesta quinta-feira (30) e sexta-feira (1º de dezembro).