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Blog do Vavá da Luz

Presidente acusa governo do estado de impedir convocação de concursados da Defensoria Pública

MADALENAA presidente da Associação dos Defensores Públicos do Estado da Paraíba, Madalena Abrantes, revelou que a instituição travará nova batalha com o governo do estado em virtude do repasse orçamentário estipulado na Lei Orçamentária Anual, a LOA 2016. Abrantes destacou que por causa do corte no repasse da Defensoria mais de 93 defensores aprovados em concurso não puderam ser convocados.

“O Governo do Estado está descumprindo a constituição. Houve um corte unilateral por parte do governo. Ele teria que acatar a nossa proposta que nós trabalhamos em 2014 com R$ 71 milhões. Nós elaboramos a proposta de R$ 2015 com 90 milhões e teve o corte do governo, ele cortou para R$ 57 milhões e com esse corte impossibilitou que a Defensoria convocasse os concursados que são 93 defensores aptos a assumir suas funções”, apontou.

Para Madalena, a necessidade por novos defensores prejudica todas as cidades paraibanas. “Estamos precisando de mais de 100 defensores. As comarcas de primeira entrância estão todas sem defensores. A Defensoria Pública está defasada na Paraíba. Eu acho injusto que o Estado julgador, o Estado acusador ter estrutura, enquanto o estado defensor não tem estrutura nenhuma. Nem internet os defensores tem”, revelou.

A defensora explicou que a não convocação dos concursados pode onerar ainda mais as despesas do Estado por implicar em aumento no número de presos e ajuizamento de ações desnecessárias. “Temos um concurso público, mas não temos condições de chamarmos os concursados. A falta de defensores não prejudica apenas a falta do reconhecimento do direito do cidadão pobre, pode significar falta de aconselhamento prévio que poderia evitar o não ajuizamento de centenas de ações desnecessárias, sem contar os inúmeros presos carentes de assistência que acaba por onerar o governo ainda mais”, concluiu.